encontrogestores.jpg“Humanizar nosso serviço”. Com este tema foi aberto segunda-feira, 26 de novembro, pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Audebert Delage, o 10º Encontro de Gestores da Justiça de Primeira Instância da Capital. A 10ª edição do evento é resultado da parceria entre a Gerência de Apoio Administrativo (Geapa) e a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).

O Encontro, que reuniu gestores da comarca de Belo Horizonte, contou com as palestras “Servidor, a seu dispor! A quem sirvo e para que sirvo?”, proferida pelo juiz diretor do Foro de Belo Horizonte, Marco Antonio Feital Leite, e “Inovação e Liderança”, ministrada pelo consultor organizacional José Lopes Agulhô Júnior. O superintendente adjunto da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), desembargador Saldanha Fonseca, e o juiz auxiliar da 2ª vice-presidência Edison Feital Leite representaram a Ejef no encontro.

Em mensagem aos participantes, o corregedor Audebert Delage ressaltou a importância da troca de experiências que o Encontro de Gestores propicia entres todos que atuam na Justiça. Destacou ainda a “oportunidade ímpar” de estar presente, como corregedor, em um encontro desta natureza.

Ainda em seu pronunciamento, o corregedor Audebert Delage fez uma apresentação sintética dos campos de atuação da Corregedoria de Minas, explicou a estrutura do órgão e falou dos desafios a serem superados. Audebert Delage reafirmou seu compromisso com o apoio à informatização e o aprimoramento das atividades de orientação, destacando a importância dos gestores neste processo. “A função de orientação é destinada em plano prioritário aos magistrados e servidores e a informatização, sem a figura do ser humano para o seu acionamento, é máquina sem serventia”, finalizou.

O juiz auxiliar da 2ª vice-presidência, Edison Feital Leite, falou da importância da integração entre a Ejef, a Corregedoria e os servidores que atuam no TJ. “O Tribunal só vai melhorar se colhermos a experiência dos senhores (gestores) e separarmos o que dá certo do que dá errado”, afirmou o magistrado, destacando a importância de a instituição trocar experiências com seus servidores e magistrados.

Servidor, a seu dispor! A quem sirvo e para que sirvo?

A primeira palestra do Encontro, “Servidor, a seu dispor! A quem sirvo e para que sirvo?”, proferida pelo juiz diretor do Foro da capital, Marco Antonio Feital Leite, contou com a exibição de um trecho do filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, levando a uma reflexão sobre as tarefas rotineiras que cada gestor executa no seu cotidiano.

Comparando o TJ com uma máquina, Marco Antonio Feital Leite perguntou aos gestores: “O que o Judiciário produz?”. O magistrado fez uma reflexão sobre as funções dos servidores, numa época em que a Justiça passa por intensas mudanças, com o objetivo de responder às perguntas que dão nome à palestra: “A quem sirvo? Para que sirvo?”.

Para o magistrado, a figura humana é peça essencial deste sistema e sempre vai ser necessária, uma vez que as máquinas não fazem tudo sozinhas. O juiz destacou ainda que apesar de metas, cobranças e da falta de estrutura vivenciada pela Justiça brasileira é preciso que o Judiciário seja uma estrutura humana, tendo o servidor consciência do seu papel social e sabendo que seu comportamento pode amenizar os problemas vivenciados.

Inovação e Liderança

“Quem fez algo novo nos últimos 20 anos? O que é ser novo?”. Com estas perguntas, o consultor organizacional José Lopes Agulhô Júnior iniciou sua palestra “Inovação e Liderança”. Levando os presentes a uma reflexão, ele falou sobre a diferença entre “o novo e a novidade”. Para ele, “a novidade” está sempre presente na vida cotidiana, enquanto o que é realmente “novo” é mais difícil de emergir, de acontecer. O consultor também abordou a quantidade de informação que o homem tem à disposição nos dias de hoje com as mudanças trazidas pela internet.

“Servir como balança não é para qualquer um”, disse o consultor, ressaltando a importância da atividade de pacificar os conflitos sociais. Ele destacou também a importância de se ter atenção com o cidadão, uma vez que representamos a instituição. “O poder é conferido pela instituição e cada gestor gerencia sua estrutura; a competência é de cada um”, disse.

As características do líder também foram abordadas por José Lopes Agulho Júnior. O consultor apresentou uma fórmula matemática que pode ajudar os gestores a enfrentar o estresse do dia-a-dia. “S = D/E”, onde S é o estresse, D são as demandas e E representa a estrutura de cada um. Segundo o consultor, o resultado da conta deve tender a 1. Ainda segundo Agulho, cabe ao gestor administrar a estrutura (E), uma vez que a demanda (D) existe e não depende do gestor. “Gerir é gerir-se”, disse o consultor.

Numa busca pela resposta à pergunta lançada no início da palestra, sobre o que é ser novo, Agulho finaliza afirmando que “ser novo é ser humano”.

Encontro de Gestores

O Encontro de Gestores da Justiça de Primeira Instância da Capital chega a sua 10ª edição com o propósito de continuar a discutir temas de interesse dos gestores de Belo Horizonte. A primeira edição desses debates acontecu em abril de 2008. O Encontro de Gestores é uma realização da Gerência de Apoio Administrativo (Geapa) em parceria com a Ejef, com o apoio da Direção do Foro de Belo Horizonte e da Assessoria de Comunicação Institucional do Fórum Lafayette.

Fonte: TJMG
Foto: Ascom/TJMG