O Brasil padece de uma série de crises (pobreza, corrupção, desorganização, falta de planejamento, burocracia etc.) principalmente por causa do baixo nível de instrução do nosso povo.

A carência cultural é fruto da colonização calcada na exploração desumana primeiro sobre os indígenas e depois sobre os africanos no período pré-industrial e, posteriormente, na mão de obra mal remunerada, que até hoje sustenta a nossa produção, dominada pelo capital estrangeiro.

País onde a falta de instrução gera a miséria, o desemprego e o sub-emprego, com todo o seu cortejo de sofrimentos individuais e coletivos, inclusive a criminalidade.

Uma das consequências desse estado de coisas é o sucateamento da saúde pública e o enriquecimento desmesurado dos grandes laboratórios farmacêuticos estrangeiros aqui instalados, apoiados por médicos da Medicina tradicional a eles indiretamente associados.

Nossas Faculdades de Medicina ensinam apenas a Medicina Tradicional e nada informam sobre a "outra"...

Copiamos atualmente muitas coisas da nosa atual metrópole, mas, em muitos pontos, o que ela tem de pior. Na área da saúde, por exemplo, nada sabemos do que acontece nos USA.

BRUCE H. LIPTON afirma, no seu livro A Biologia da Crença (Butterfly Editora, 2007), que "como mais da metade da população norte-americana se consulta com profissionais da medicina complementar, os médicos tradicionais não podem mais se esconder atrás de suas teorias ou simplesmente esperar que a medicina naturalista saia de moda. As empresas de planos de saúde já incorporaram algumas práticas de cura antes consideradas charlatanismo e alguns hospitais oferecem tratamentos alternativos. (p. 135). Esse livro é um best-seller nos Estados Unidos, publicado lá em 2005, portanto, retratando uma realidade atual.

Medicamentos da Medicina tradicional causam a morte de cerca de 300.000 americanos por ano, por causa dos seus efeitos colaterais, afirma o referido autor. (p. 127)

No nosso país esses dados não são divulgados, nossos médicos tradicionais continuam receitando esses medicamentos altamente nocivos e os laboratórios estrangeiros faturam alto à custa das doenças que provocam no povo.

A desinformação interessa aos grandes empresários estrangeiros, que compensam aqui (e em outros países do 3º mundo) a restrição aos seus produtos, que vai aumentando nos países adiantados.

Enquanto isso, pouco sabemos da Medicina Alternativa (ou Complementar, como dizem outros).

Não sabemos, por exemplo, que LINUS PAULING (Prêmio Nobel de Química) criou a Medicina Ortomolecular há vários anos atrás e que ela é uma das grandes áreas médicas na Europa e Estados Unidos.

Ignoramos o prestígio da Medicina Antroposófica na Alemanha e Suíça, fundada há quase um século por RUDOLF STEINER.

Esquecemo-nos de que nossos avós aplicavam a Medicina Homeopática, fundada por SAMUEL HAHNEMANN há mais dezenas de anos.

Nada sabemos das Medicinas Indiana e Chinesa, que existem há mais de 5.000 anos e representam o que há de mais avançado na área da saúde.

Isso sem contar outros ramos da Medicina.

Lembro-me de alguns profissionais da área de saúde daqui de Juiz de Fora, uns que venceram as resistências e outros que desanimaram:

ANTONIO JOSÉ MARQUES, médico, que se especializou em Medicina Antroposófica, num pioneirismo notável.

GILBERTO COUTINHO RODRIGUES, naturopata e praticante das Medicinas Chinesa e Indiana.

RONALDO FONSECA DE OLIVEIRA, médico ortomolecular, que nunca mais quis voltar a esta cidade, e da esposa do falecido ortopedista Dr. GODINHO, a qual desistiu de trabalhar nessa especialidade devido às perseguições que sofreu dos médicos tradicionais locais.

O próprio Plano de Saúde da AMAGIS (ao qual sou associado) nega cobertura aos tratamentos da Medicina Alternativa... Imaginem-se os que visam lucrar à custa dos associados...

Desperte Brasil! Instruamo-nos! Deixemos de ser membros do 3º mundo!

Autor:Luiz Guilherme Marques - Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora - MG.