Comecei a tomar conhecimento da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes do TJMG (EJEF) em 1986, quando me inscrevi ao concurso para ingresso no Judiciário mineiro.

De lá para cá, tenho visto seu crescimento, sendo digna de comemoração a criação de Seccionais no interior. Essa talvez tenha sido a mais importante das inovações.

Outra melhoria que acredito importante é a forma de escolha do seu Superintendente, que atualmente ainda se faz praticamente pela observância do critério de antiguidade.

Para essa função, ligada como é ao Magistério, não são todos os Magistrados que têm vocação para esse trabalho.

Os concursos para juiz e servidor não são coisa de somenos importância.

Os cursos de atualização também não são assunto que qualquer um tenha visão para idealizar e competência para concretizar.

A própria escolha dos colaboradores não é tarefa simples para quem nada conhece da realidade professoral.

Fico feliz ao detectar na gestão do Desembargador REYNALDO XIMENES CARNEIRO uma ebulição de idéias e iniciativas de grande alcance.

Trata-se, como todos sabem, de um líder nato dentro dos arraiais judiciários de Minas Gerais.

Sua inteligência e seu carisma têm feito convergir para a EJEF uma força e dinamismo que nem sempre se fez ali presente.

Uma Escola Judicial não deve ser mero departamento burocrático que se limite a realizar concursos para juiz e servidor.

Deve a Escola, sim, ser um laboratório de idéias; criatório de talentos; incentivador de criatividade.

Lembro-me de alguém que, certa vez, recusou-se a publicar um trabalho doutrinário de um juiz no portal do TJMG ao argumento de que, se assim o fizesse, muitos iriam querer o mesmo...

Noto o aumento significativo de aberturas do site da EJEF com a criação de setores de divulgação de sentenças e artigos, entre outros.

Tenho para mim que a EJEF deveria ter um portal próprio, ao invés de ser mero apêndice do portal do TJMG, devido à sua importância e necessidade de expansão.

Eu já tinha apresentado essa sugestão em tempo passado, mas sem sucesso...

Outra sugestão que eu daria seria a multiplicação das Seccionais.

Outra ainda seria a destinação de espaço para cada Seccional no portal da EJEF.

Outra ainda seria a eliminação das publicações em papel, o que representam um custo financeiro muito alto.

E a última, que não se eleja para essa função ninguém que tenha menos talento que REYNALDO XIMENES.

Autor: Luiz Guilherme Marques, Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora - MG.