Banqueiros presos
Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1ª Região condenaram nesta terça (8/7) à prisão o ex-presidente do Banco Econômico Ângelo Calmon de Sá e o ex-vice-presidente José Roberto Davi de Azevedo. O Econômico passou por dificuldades na década de 1990 e entrou em processo de liquidação judicial. Unânime, o julgamento definiu penas de multa e de reclusão de sete anos para Calmon de Sá e de 8 anos e 2 meses para Azevedo. Os dois têm direito de recorrer em liberdade às instâncias superiores da Justiça. Pela legislação brasileira,a pena de até 8 anos pode ser cumprida inicialmente no regime semiaberto, que permite ao preso sair da cadeia durante o dia para trabalhar fora. Já a superior deve começar a ser cumprida no regime fechado. Durante o julgamento, os desembargadores da 3ª Turma do TRF-1 aceitaram recurso do Ministério Público Federal e derrubaram decisão da Justiça de primeira instância que havia absolvido os acusados. De acordo com os desembargadores, Calmon de Sá e Azevedo envolveram-se de forma dolosa com fraudes na gestão do banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Caso Alstom
O caso Alstom é de competência da Justiça Federal. Em decisão de sete páginas, o juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6ª Vara Criminal Federal —especializada em ações sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro — rechaçou pedido do Ministério Público estadual que pretendia deslocar o processo do caso Alstom para a Justiça de São Paulo. O caso Alstom é uma ação penal contra 11 réus. Eles são acusados por corrupção e lavagem de dinheiro na área de energia do governo de São Paulo, entre os anos 1998 e 2002, governos Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Dirigentes da Alstom e lobistas foram denunciados pelo pagamento de R$ 23,3 milhões em propinas da multinacional francesa a agentes públicos de estatais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Liberdade de imprensa
A Justiça de primeira instância do Rio determinou a retirada de publicações do site da revista Veja sobre a atuação de um advogado e de uma entidade em relação a vítimas de violência policial. A defesa da Editora Abril, que publica aVeja, recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio e em suas petições qualificou de "censura" as decisões que concederam as liminares para exclusão dos textos do site. Até esta quarta (9/7), eles continuavam no ar. As ações de reparação de danos com pedido de retirada das publicações foram apresentadas à Justiça pelo advogado João Tancredo e a entidade que ele preside, o Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH). Um dos processos tem como alvo reportagem sobre a campanha realizada pela DDH para arrecadação de fundos para a família do pedreiro Amarildo Dias de Souza, que segundo o Ministério Público foi morto por policiais militares no Rio. O texto diz que a campanha "Somos Todos Amarildo" arrecadou R$ 310 mil, mas só R$ 60 mil foram repassados à família do pedreiro, o que poderia configurar "oportunismo". O texto foi produzido pelo jornalista Reinaldo Azevedo, que o publicou em seu blog e também réu na ação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Ingressos irregulares
O diretor-executivo da empresa Match, Raymond Whelan, e outras 11 pessoas presas sob suspeita de venda irregular de ingressos para a Copa do Mundo serão indiciadas sob acusação de crime de cambismo e associação criminosa. Responsável pelas investigações, o delegado Fabio Barucke vai pedir também a prisão preventiva de Whelan e dos outros 11, já detidos, mas em prisão temporária. CEO da única empresa autorizada pela Fifa a negociar entradas VIP para a Copa, Whelan passou dez horas detido na delegacia dirigida por Barucke, no Rio, mas foi solto na madrugada de terça (8/7) após obter Habeas Corpus. Pagou R$ 5 mil de fiança, voltou ao hotel Copacabana Palace, onde fora detido, e entregou o passaporte à Justiça. Para o advogado do executivo, Fernando Fernandes, a prisão foi ilegal. "É crime de menor potencial ofensivo." As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Marca protegida
Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) impediu uma rede de postos de gasolina de utilizar a marca "Rede Bull". Os desembargadores da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial concederam antecipação de tutela (espécie de liminar) à Red Bull, fabricante de energéticos. Cabe recurso da decisão. A Red Bull também havia solicitado que a rede de postos fosse impedida de utilizar a palavra "bull" com a imagem de um touro, o que não foi concedido pelos desembargadores. A decisão foi unânime. Em seu pedido, a fabricante de energéticos alega ser dona da marca Red Bull, representada pela figura de dois touros. A companhia afirma que tem, inclusive, proteção para o ramo automobilístico, com licenciamento de uso de marca para óleos e combustíveis e patrocínio de equipes de esporte. A Red Bull argumenta ainda que o uso das expressões "Rede Bull" e "Bull Express" associadas à imagem de um touro, as cores utilizadas pelo posto de gasolina e a semelhança fonética infringem os direitos exclusivos sobre sua marca, causando confusão no mercado consumidor e funcionando como um "aproveitamento parasitário". As informações são do jornal Valor Econômico.

Convenção petista
O deputado estadual petista Luiz Moura disse nesta terça-feira (8/7) que está disposto a fazer um acordo com o PT para reverter a decisão da Justiça que anulou a convenção estadual da sigla que definiu os candidatos às eleições de outubro. O deputado recorreu à Justiça argumentando que não teve direito de defesa no procedimento interno do PT que decidiu suspender seus direitos partidários por suposta ligação com integrantes da facção criminosa PCC, impedindo-o de disputar a reeleição. O PT tem descartado costurar um acordo com Moura e promete brigar na Justiça para manter a convenção. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Políticos cassados
O prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho (PMDB), e seu vice, Reginaldo Mendes Leite (PT), tiveram seus mandatos cassados, nesta terça (8/7), por decisão da juíza eleitoral Juliana Gonçalves Figueira Pontes. O prefeito é acusado de legalizar terrenos nas localidades de Monte Alto e Figueira, e gastar com publicidade em período eleitoral. Na sentença, a juíza determina que Aninho e o vice deixem os cargos imediatamente, além de torná-los inelegíveis por oito anos. As informações são do jornal O Globo.

Morte em Pedrinhas
Na noite de segunda-feira (7/7), mais um detento foi encontrado morto no complexo penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA). Desde o início do ano, já foram registrado 16 mortos nos presídios maranhenses — 12 deles em Pedrinhas. Segundo a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, Luis de Araújo, 19, foi assassinado a “chuçadas” (com instrumento pontiagudo). Ele estava preso por tráfico de drogas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Fora do ar
Sites oficiais e redes sociais do governo do estado de São Paulo estão fora do ar desde sábado (5/7) e não serão mais atualizados até o fim das eleições. O governo tomou a decisão para evitar ser punido pela Justiça por propaganda eleitoral. Quem visitar os portais e redes sociais — como Twitter e Facebook — verá a seguinte mensagem: "Em atendimento à legislação eleitoral (Lei 9.504/1997), os demais conteúdos deste site ficarão indisponíveis de 5 de julho de 2014 até o final da eleição estadual em São Paulo". O governador Geraldo Alckmin (PSDB) concorre à reeleição. Caso haja segundo turno, a campanha pode se estender até dia 26 de outubro. A medida atingiu até mesmo as redes sociais mais acessadas pela população, como CPTM e Metrô, que têm 97,8 mil e 110 mil seguidores, respectivamente. CPTM e Metrô atualizavam a situação das linhas em tempo real. As informações são do jornal Valor Econômico.

Filho do rei
Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, foi preso nesta terça-feira (8/7) em Santos, no litoral de São Paulo, pouco mais de um mês após ser condenado a 33 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Ele estava recorrendo da sentença em liberdade, mas deveria apresentar o passaporte à Justiça até segunda-feira (7/7), o que não ocorreu. Segundo o advogado Sidney Gonçalves, o ex-goleiro perdeu o documento e, por isso, pediu à Polícia Federal o cancelamento do passaporte e apresentou um comprovante emitido pelo órgão. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Chile x Bolívia

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou na noite desta segunda-feira (7/7) que contestará a jurisdição da Corte Internacional de Justiça para avaliar a demanda apresentada pela Bolívia, que busca acesso ao Oceano Pacífico pelo território chileno. Os bolivianos, que perderam seu acesso ao mar em 1883, após uma guerra contra os chilenos, oficializaram o processo em abril. O Chile teria até fevereiro para responder, embora se reservasse o direito de contestar a jurisdição da CIJ até julho. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

Ligações com terrorismo
Dois jovens admitiram nesta terça-feira (8/7) à Justiça britânica que passaram oito meses na Síria em 2013 para treinar ao lado de grupos extremistas para ações terroristas. Agora, aguardam a sentença de prisão para os próximos dias por ligação com planos de terrorismo no Reino Unido. Como confessaram, podem ter a pena atenuada. Os amigos Mohammed Nahin Ahmed e Yusuf Zubair Sarwar, ambos de 22 anos e que vivem na região de Birmingham, haviam sido presos em janeiro passado no aeroporto de Heathrow, em Londres. Na época, alegaram que foram à Síria por "razões humanitárias" — a polícia, porém, identificou traços de explosivos nas bagagens e indícios de imagens deles com armas na região de Aleppo, na Síria. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Fonte: Conjur