O Conselho Nacional de Justiça determinou ao Tribunal de Justiça de São Paulo que não abra o processo de eleição na Corte com base na Resolução 606/2013, norma interna que autoriza a todos os 360 desembargadores se candidatarem aos cargos de direção. A decisão, em caráter liminar, é do conselheiro Guilherme Calmon Nogueira da Gama. Em despacho de 7 páginas, o conselheiro anotou que "aparentemente" a Resolução 606, aprovada em 7 de agosto pelo Órgão Especial do TJ paulista, entra "em confronto" com o artigo 102 da Lei Orgânica da Magistratura (Loman) ao permitir que todos os desembargadores do TJ possam participar do pleito eletivo. A liminar atende pedido de providências do desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.


Pedido de perdão
Em ação inédita, juízes do Chile admitiram nesta quarta-feira (4/9) que o Poder Judiciário não protegeu os direitos humanos durante a ditadura do general Augusto Pinochet. Eles também pediram perdão aos familiares das vítimas de crimes de lesa-humanidade. A medida acontece no momento em que se lembram os 40 anos do golpe de estado no país, e se soma a uma onda iniciada por um senador governista de pedidos de desculpa por ações — ou omissões — cometidas antes e durante o regime militar (1973-1990). Num comunicado, um grupo de juízes reconheceu que “o Poder Judiciário incorreu em ações e omissões impróprias de sua função, ao ter se negado, salvo isoladas, mas valiosas exceções que o honram, a oferecer proteção aos que demandaram várias vezes sua intervenção”. As informações são do jornal O Globo.


Prisão imediata
Nove meses depois da condenação de 25 pessoas por participação no mensalão, há a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal concluir hoje o julgamento ao analisar um dos principais pontos dessa fase do processo: se aceita reavaliar os casos de 12 réus cujas condenações ocorreram com ao menos 4 votos a favor de sua absolvição. Caso a corte defina que esse tipo de recurso não é válido, a procuradora-geral interina da República, Helenita Acioli, disse que irá pedir a prisão imediata dos 11 condenados a regime fechado. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Black blocs
A seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) assumiu a defesa dos cincos suspeitos de cometer atos de vandalismo durante protestos no Rio de Janeiro, incluindo três administradores da página dos Black Blocs na internet. Três jovens foram presos e dois menores, apreendidos, na quarta-feira (4/9), em operação policial, suspeitos de usar as mídias sociais para incitar atos de violência durante manifestações. Eles foram acusados de formação de quadrilha armada. Um deles ainda é acusado de pedofilia, com base em imagens encontradas num computador apreendido. As informações são do portal G1.


Minirreforma eleitoral
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a proposta de "minirreforma eleitoral" permitindo que os partidos utilizem recursos do Fundo Partidário para pagar multas por propaganda irregular impostas aos partidos e candidatos. Outra mudança responsabiliza somente o candidato e o partido pelas multas. Atualmente, as coligações são consideradas responsáveis solidários pela irregularidade cometida. A minirreforma precisa ser aprovada em turno suplementar pela CCJ, o que deve ocorrer na quarta-feira. Depois a proposta segue para a Câmara, sem passar por votação em plenário. As informações são do jornal Valor Econômico.


Rede Sustentabilidade
A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, conseguiu cumprir nesta quarta-feira (4/9) a exigência de criar nove diretórios estaduais para obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral. Foram criados diretórios no Amapá, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins. Agora, a Rede ainda precisa certificar nos cartórios eleitorais cerca de 147 mil assinaturas de apoio. O número exigido pela Justiça Eleitoral é 492 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


PL da terceirização
O Projeto de Lei 4330/04, que regulamenta a terceirização da mão de obra no país, irá direto para o plenário da Câmara dos Deputados, sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) onde aguardava julgamento. Sindicalistas, deputados e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) entraram em acordo para colocar o projeto em regime de urgência, o que dispensa a análise nas comissões. O requerimento de urgência deve ser votado no dia 18. As informações são do jornal Valor Econômico.


Pimenta Neves
Por determinação da Justiça, o jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, condenado em 2006 pela morte de sua ex-namorada, a também jornalista Sandra Gomide vai passar para o regime semiaberto. Segundo a decisão, da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, “o sentenciado tem contra si uma condenação de 14 anos, 10 meses e três dias de reclusão, por homicídio doloso; já implementou o requisito temporal para a progressão de regime prisional e mantém bom comportamento carcerário, consoante atestado pela Administração Penitenciária”. As informações são do portal Terra.


Recuperação judicial
O Tribunal de Justiça de São Paulo tem mantido o entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que os Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACCs) não devem integrar as recuperações judiciais, porém o tribunal paulista tem incluído os encargos dos ACCs no processo de recuperação. De acordo com o jornal Valor Econômico, o TJ-SP aplicou este entendimento em três ações recentes.


Penas alternativas
A aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade, no caso de crimes leves, tem caído no Brasil. É o que mostram os números do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça (MJ). Segundo as informações, depois de aumentos consecutivos de mais de 500% na primeira década dos anos 2000, condenações do tipo somaram 467 mil ao longo de 2011, dado mais recente do governo federal. O número é 30% menor do que o registrado no levantamento anterior do órgão, em 2009, quando 671.078 alternativas penais foram determinadas. As informações são do jornal Correio Braziliense.


Coleta de números
Para o Ministério da Justiça, a redução de um terço na aplicação de penas e medidas alternativas, recomendadas inclusive pelas Nações Unidas como política eficaz na prevenção da criminalidade, pode ser reflexo de uma falha na coleta dos dados. "Não é que (os números) estejam longe da realidade, mas há uma dificuldade em acompanhar a execução dessas medidas no país", minimiza Marcus Rito, coordenador-geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas do MJ. "Às vezes, é o Poder Executivo que faz o controle, às vezes a Defensoria ou o Ministério Público." As informações são do jornal Correio Braziliense.

Fonte:Revista Consultor Jurídico, 5 de setembro de 2013