O gasto médio da União com cada funcionário do Poder Judiciário mais do que dobrou desde 1995 – o crescimento foi de 112% em valores atualizados, já descontada a inflação do período, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal, do Ministério do Planejamento. Foi o dobro do aumento registrado para servidores do Executivo: 55% no mesmo período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


"Lava jato" na Argentina
A Procuradoria-Geral da República investiga se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu propina no exterior por meio do lobista Jorge Luz. O dinheiro seria referente a um negócio da Petrobras na Argentina. É a primeira frente de investigação da operação “lava jato” que relaciona Renan a um possível recebimento de vantagem indevida também fora do país. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Cabral e seu emissário
Delações de executivos ligados à construtora Andrade Gutierrez e investigações da Polícia Federal junto à empreiteira Camargo Corrêa apontam o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) como beneficiário de propina em contratos públicos. Um outro nome se repete em depoimentos e documentos da PF: Carlos Emanuel Miranda, 48, citado como o emissário encarregado de recolher o dinheiro ilícito destinado a Cabral. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Dinheiro pelo silêncio
O empresário José Antunes Sobrinho, sócio do Grupo Engevix, declarou ao juiz federal Sergio Moro que durante uma reunião, em 2014, na casa do então senador Gim Argello (PTB-DF), em Brasília, ouviu pedido de “doação” no valor de R$ 5 milhões em troca de não ter que depor na CPI Mista da Petrobras, em curso no Congresso naquele ano. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.


Avançando na leniência
O ministro da Transparência, Torquato Jardim, procurou integrantes do TCU e do Ministério Público Federal para propor uma atuação conjunta nos novos acordos de leniência. O racha durante o governo Dilma entre Executivo, procuradores e integrantes da corte vinha atrapalhando o avanço dos acertos com as empresas. A ideia é que eles possam contribuir na formatação das novas regras. Jardim tratou diretamente com o procurador-geral, Rodrigo Janot. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.


Advogado preso
O advogado Guilherme Gonçalves, último procurado da operação custo Brasil, entregou-se neste domingo, 26, à Polícia Federal em São Paulo. Ele é apontado como repassador de propinas do esquema Consist ao ex-ministro Paulo Bernard, titular da pasta de Planejamento no governo Lula e de Comunicações no governo Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


OPINIÃO

Delação do jeito que está
O jornal Folha de S.Paulo se posicionou contra o projeto de lei que quer regular as delações premiadas. A iniciativa quer que as denúncias feitas sejam provadas com documentos em 45 dias, que se proíba as delações de pessoas presas e que delações vazadas para imprensa sejam anuladas. Para o veículo, exigir que a delação tenha elementos concretos é necessário, mas nem tudo comporta provas documentais. Se o réu não entregar indícios materiais, mas apontar o caminho para que os investigadores os obtenham, terá feito contribuição relevante, pondera o jornal. Quanto a questão da delação de preso, ressaltou-se que quem denúncia é quem está mais em apuros com a Justiça e proibir isso é tolher um direito do réu. “Sobre depoimentos ‘vazados’ há pouco a dizer, pois a proposta carece de sentido. A publicação do conteúdo de uma delação não compromete sua qualidade, não havendo motivo para alterar seu status jurídico”, finalizou o jornal.


Processos abertos
A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, de proibir a tramitação dos chamados processos ocultos na corte foi elogiada pelo jornal O Estado de S. Paulo em editorial. Segundo o veículo, a decisão contrariou políticos e altos funcionários que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República por crimes de corrupção ativa e passiva, malversação de recursos públicos, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. “Assim, favorecendo ou não os advogados de políticos e empreiteiros que têm sido investigados pela Procuradoria-Geral da República, a decisão do presidente do STF de acabar com os processos ocultos merece aplauso. Ao assegurar a transparência das decisões judiciais, reforça as liberdades públicas e a segurança do direito”, escreveu o jornal.

Fonte: Conjur