Em uma fala de uma hora e 38 minutos, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo afirmou que o pedido de impeachment da petista é "viciado", "nulo", "golpe de Estado", entre outras qualificações, sinalizando que pode levar o seu desfecho para o Supremo Tribunal Federal. As afirmações foram feitas durante a defesa da presidente diante da comissão de impeachment da Câmara nesta segunda-feira (4/3). Em resumo, Cardozo argumenta não haver provas de que Dilma participou diretamente de crime de responsabilidade com gravidade para justificar sua destituição. Segundo ele, a intenção da oposição e de dissidentes da base aliada é usar uma crise oriunda de disputas políticas para "rasgar" a Constituição. Também afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) só abriu o processo por vingança política. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Aprovação do líder
Lula, que sempre foi um crítico contundente de José Eduardo Cardozo quando ele ocupava o Ministério da Justiça, agora é só elogios à atuação dele como advogado-geral da União, em que defende Dilma Rousseff contra oimpeachment. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornalFolha de S.Paulo.
Judicialização do impeachment
A ameaça de judicialização do processo de impeachment torna o prognóstico de prazos incerto. Para o advogado constitucionalista Leonardo Vizeu e o professor titular da Faculdade de Direito da Uerj Gustavo Binenbojm, o presidente da Câmara está protegido pelo regimento, e será muito difícil que o Supremo considere ilegal o acolhimento do pedido de impeachment. Já o advogado Rodrigo Mascarenhas avalia que, se Cardozo conseguir provar que houve desvio de finalidade no acolhimento, o processo pode ser anulado. As informações são do jornal O Globo.
Disputa de Poderes
A Câmara dos Deputados enviou nesta segunda-feira (4/4) parecer ao Supremo Tribunal Federal alegando que a Corte "nunca, jamais" poderia determinar o início de um processo de impeachment, em substituição à orientação do presidente da Casa. Na sexta-feira (1º/4) o STF divulgou uma minuta da decisão do ministro Marco Aurélio Mello determinando à Câmara dos Deputados a abertura de processo de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer. No entanto, o documento está em elaboração. O ministro informou que ainda não decidiu sobre o assunto. As informações são do jornal Valor Econômico.
Odebrecht e o STF
O Supremo Tribunal Federal deve julgar nesta terça-feira (5/4) Habeas Corpus apresentado pela defesa de Marcelo Odebrecht, que pede para ser libertado depois de nove meses de prisão. A expectativa de que os ministros, por ampla maioria, concordariam com a tese do empresário já não é mais a mesma. Isso devido à descoberta do que foi chamado de “departamento da propina” na empresa. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
Documento é o suficiente
Figueiredo Basto considera "perda de tempo" a ida de deputados a Curitiba — marcada para esta terça-feira (5/4) — com a missão de pedir a Sergio Moro a presença de Alberto Youssef e Julio Camargo na comissão que debate a cassação de Eduardo Cunha na Câmara. "Eles só vão gastar dinheiro", disse Basto. Segundo o advogado dos delatores, a prova do processo político de Cunha não depende de testemunha. "Se a conta no exterior existe, não precisa de prova testemunhal”. As informações são da colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo.
As cestas de Silvinho
O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira disse em depoimento que recebeu pagamentos de empreiteiras porque fornecia cestas de Natal para essas empresas. Preso na operação "lava jato" na última sexta-feira (1º/4), Silvio é suspeito de receber cerca de R$ 500 mil de construtoras como forma de comprar seu silêncio. Ele foi investigado no processo do mensalão, mas não virou réu na ocasião porque tinha firmado um acordo com o Ministério Público Federal. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Lobista solto
O lobista Marcel Ferreira Julio, preso desde a última quinta-feira (31/3) na operação que investiga o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e cidades paulistas, foi solto na tarde desta segunda-feira (4/3). De acordo com o delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, o entendimento da polícia e do Ministério Público era de que o lobista já havia prestado as informações necessárias e não se justificaria mais mantê-lo preso. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
"Frivolidade impressionante"
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa negou, nesta segunda-feira (4/3), que deva um tipo de imposto sobre imóveis referente à compra de um apartamento em Miami, nos Estados Unidos, em 2012. Segundo Barbosa, a questão é de "uma frivolidade impressionante", já que ele nunca recebeu "qualquer notificação ou cobrança" por parte do governo americano a respeito do imposto supostamente não pago. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Panama Papers
Os principais alvos da firma panamenha de offshores Mossack Fonseca no Brasil eram os escritórios de advocacia. Pesquisa nos documentos do Panama Papers revela que um entre cada seis empresas que lidavam diretamente com a Mossack para tratar de clientes brasileiros entre 2003 e 2015 eram escritórios de advocacia ou consultorias tributárias. Essas empresas são tão essenciais na estratégia comercial da MF para captar brasileiros interessados em abrir offshores em paraísos fiscais que, em contrapartida, recebiam até honorários para cada contrato assinado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Rede quer falar
A Rede Sustentabilidade protocolou nesta segunda-feira (4/4) petição no Tribunal Superior Eleitoral para exercer o papel de amicus curiae no processo de cassação da chapa Dilma e Temer. As informações são da colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo.
MPF quer documentos
O Ministério Público Federal abriu um procedimento de cooperação internacional para requisitar ao Panamá acesso a provas obtidas através da rede de informações sobre o escritório Mossack Fonseca, responsável pela abertura de offshores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Violência de gênero
Falando do ataque que sofreu na semana passada, no fórum do Butantã, em São Paulo, a juíza Tatiane Moreira Lima afirma que aconteceu não foi violência doméstica e sim violência de gênero. “Acredito que, se fosse um juiz homem, talvez o agressor não tivesse a mesma atitude que teve comigo. Não foi um ataque a uma mulher, a uma juíza, mas um ataque a todo o Poder Judiciário. E o Poder Judiciário não pode se amedrontar de forma nenhuma. Pelo contrário”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
União estável poliafetiva
O funcionário público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, de 33 anos, uniu-se oficialmente a duas mulheres na sexta-feira passada (1º/4), no 15º Ofício de Notas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Trata-se do primeiro trio – formado por um homem e duas mulheres – a formalizar a união estável poliafetiva, no estado. As informações são do portal G1.
MP contra preconceito
O Ministério Público do Estado de São Paulo lança, na quinta-feira (7/4), a segunda parte da campanha "Quem se dá bem com gente se dá bem na vida". A ação, realizada em parceria com a agência de publicidade VML, pretende alertar especificamente jovens e crianças para o problema da intolerância e do preconceito. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
OPINIÃO
Golpe repaginado
Classificando como golpe o processo político que pode retirar a presidente Dilma Rousseff de seu cargo, o advogado Raimundo Bonfim afirmou em artigo no jornal Folha de S.Paulo que o próprio conceito de golpe mudou. “Já não se trata de promover uma ruptura institucional repentina, que causará desgaste e repúdio internacional. O objetivo agora é criar pressões que anulem as garantias do Estado de Direito e conformem interpretações jurídicas e decisões rápidas que cumpram o mesmo objetivo que forças militares cumpriram nas décadas de 60 e 70”, disse, relembrando episódio de 2008 com então presidente do Paraguai Fernando Lugo.
Fonte: Conjur