O júri popular de Érika Passarelli, acusada arquitetar a morte do próprio pai, Mário José Teixeira Filho, de 50, para receber cerca de R$ 1,2 milhão em apólices de seguro, está agendado para ser realizado a partir das 9h desta segunda-feira. O julgamento, marcado para a comarca de Itabirito, estava previsto para a última quinta-feira, dia 6, mas foi adiado a pedido do Ministério Público.

Segundo o Ministério Público, além de Érika, o ex-namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19, e o sogro, o cabo da Polícia Militar, Santos das Graças Alves Ferraz, de 47, também participaram do crime. Os dois foram presos e liberados por alvará de soltura. O processo foi desmembrado e, por isso, os outros dois réus serão julgados em outra ocasião.

Mário José foi executado em agosto de 2010. O corpo foi achado com três tiros às margens da BR-356, em Itabirito, região Central de Minas Gerais. Érika responde pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante dissimulação.

Para o juiz Antônio Francisco Gonçalves, a materialidade do fato foi descrita no relatório de necropsia e nos laudos periciais. Havia, ainda, indícios de autoria, o que é suficiente para que a ré ser levada a júri popular.

Em seu depoimento na delegacia, Érika ficou em silêncio. Em juízo, ela negou a participação no crime e afirmou que tinha um bom relacionamento com o pai, de quem gostava muito. A ré afirmou ainda que nunca teria coragem de atentar contra a vida do pai e nem mesmo de mandar que outra pessoa o fizesse.

Uma testemunha ouvida no processo, contudo, afirmou que ela e o pai se desentenderam e passaram a brigar com frequência, ocasiões em que a Érika dizia desejar a sua morte.

O processo envolvendo os outros dois réus também tramita em Itabirito, ainda sem data de julgamento. Ele foi desmembrado porque, na fase inicial do caso, os réus estavam presos; e Érika, foragida.

Fonte: Rádio Itatiaia