A Amagis realizou hoje, 10, mais uma solenidade de entrega de sua honraria oficial, a Medalha Desembargador Guido de Andrade. Em sua terceira edição, a comenda foi outorgada ao vice-governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, ao deputado estadual Durval Ângelo, e aos ex-ministros do STF Francisco Rezek e Célio Borja, que não pôde comparecer à cerimônia, mas receberá pessoalmente a medalha em outra oportunidade.
A Comenda Desembargador Guido de Andrade foi instituída em 2007, com o objetivo de homenagear personalidades e instituições públicas e privadas, que prestaram relevantes serviços à Associação e ao fortalecimento da magistratura e do Judiciário. O secretário do Conselho da Medalha, juiz Marcos Henrique Caldeira Brant, leu a portaria normativa que instituiu a comenda.
O orador oficial da solenidade foi o desembargador Luiz Audebert Delage Filho, vice-presidente Financeiro da Amagis. Ele destacou, em seu discurso, as duas primeiras edições da medalha, que tiveram como oradores oficiais os desembargadores Baía Borges e Tiago Pinto, e elogiou o patrono da comenda, desembargador Guido de Andrade, com palavras de José Bonifácio: “A bondade livre e refletida faz o homem bom, a bondade do instinto faz o bom homem”.
Sobre os homenageados, Delage fez referência a uma característica comum aos quatro. “Eles jamais optaram ou se deixaram levar pela comodidade ou pelas facilidades do poder e têm se ocupado em contribuir para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, tão decantado em nossa Constituição Cidadã”, disse. Clique aqui para ler o discurso na íntegra.
Conquistas
O presidente da Amagis, juiz Nelson Missias de Morais, lembrou a história da Amagis, desde sua fundação em 1954, e a trajetória do patrono da medalha, desembargador Guido de Andrade. “O seu exemplo transcende o espaço da história de sua vida. O seu espírito, hoje, nos ilumina e nos conduz nos embates e nos momentos de lutas e aflições”, disse.
Entre as conquistas dos magistrados mineiros ao longo dos 55 anos da Associação, Nelson Missias destacou a aprovação da nova Lei de Organização e Divisão Judiciárias, cuja elaboração contou com a participação ativa da Amagis e dos magistrados, desde 2007. “Foi um movimento grandioso e intenso dos juízes mineiros, que se reuniram, nas diversas regiões, para buscar a superação dos entraves que existiam em razão do solapamento das prerrogativas da magistratura”, afirmou. Clique aqui para ler o discurso na íntegra.
Homenageados
O presidente da Amagis deu relevo às virtudes dos homenageados. Lembrou a sabedoria jurídica do ministro Célio Borja, que “nos orienta e ilumina pelos caminhos do Estado Democrático de Direito”. Sobre o ministro Francisco Rezek, ressaltou sua devoção ao trabalho e presença iluminada. O deputado Durval Ângelo foi lembrado como um “humanista incomparável e parceiro da magistratura mineira”. Nelson Missias destacou ainda o talento do vice-governador de Minas para a administração pública, que “o credencia para voos mais altos”.
O vice-governador Antônio Anastasia revelou-se honrado com a homenagem. “Fico envaidecido ao ser escolhido para receber essa comenda, ao lado dessas personalidades, quando se comemoram os 55 anos da Amagis”, disse ao iniciar seu discurso.
Anastasia destacou também seu apreço pela magistratura mineira e revelou que, ainda na faculdade de Direito da UFMG, cogitava prestar o concurso para a magistratura. “Ao me graduar, todavia, tentado pela administração pública, acabei me enveredando por outra área. Mas, ao longo de minha carreira, tive a oportunidade de presenciar o equilíbrio e a sensibilidade dos juízes de nosso Estado. Minas Gerais legou, lega e legará ao Brasil juristas do mais alto quilate”, disse.
O ministro Francisco Rezek também agradeceu a homenagem e disse que o discurso do desembargador Audebert Delage lhe trouxe boas lembranças que já se perdiam em sua mente. Rezek fez questão de lembrar a importância das associações para o país. “Elas vão muito além da defesa dos interesses de classe, projetam sua influência sobre os mais variados setores da sociedade e contribuem para que isso se depure como uma democracia saudável”, afirmou.
Lembrando de seu contato com Guido de Andrade, quando ele era presidente da Amagis, o deputado Durval Ângelo disse que o que chamava a atenção no desembargador era seu lado humano e afirmou que o atual presidente, Nelson Missias, segue a mesma escola. “A Amagis é uma grande associação e teve uma interlocução séria com o Assembleia na aprovação da Lei de Organização e Divisão Judiciárias . Não há democracia sem o fortalecimento da magistratura e os juízes mineiros são um exemplo para o Brasil”, disse.
O filho do desembargador Guido de Andrade, José Guido de Campos Andrade, o Guidinho, disse que a comenda, que leva o nome de seu pai, é motivo de orgulho para toda a família. “Meu pai não fazia distinção entre os mais humildes e pessoas que ocupavam os mais altos cargos, como foi lembrado pelos homenageados desta noite. Lembro-me que ele tinha o mesmo carinho com todos e os atendia da mesma forma. A magistratura mineira sempre teve essa característica e isso faz com que ela seja reconhecida nacionalmente como uma das melhores do país”, afirmou.
Mesa de honra
Compuseram a mesa de honra: o Presidente da Amagis, juiz Nelson Missias de Morais; o vice-governador de Minas, Antônio Anastásia; o presidente do TJMG, desembargador Sérgio Resende; o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Alberto Pinto Coelho; o ministro Francisco Rezek; o deputado Durval Ângelo; o advogado-geral de Minas, Bonifácio Borges de Andrada; o procurador-geral de Belo Horizonte, Marco Antônio de Rezende, representando o prefeito Márcio Lacerda; o defensor público-geral de Minas, Belmar Azze Ramos; e cel. Alexandre Sales, representando o comandante-geral da PM de Minas, cel. Renato Vieira de Souza.