
“Personalidades que fizeram e fazem história por suas ações, qualidades e dedicação à construção de um mundo melhor, mais justo, mais democrático e mais cidadão”. Assim, o presidente da Amagis, Herbert Carneiro, iniciou seu discurso na noite desta sexta-feira, 1º, quando a Amagis concedeu, pela sétima vez, a ‘Medalha Condecorativa Desembargador Guido de Andrade’.
Neste ano, foram homenageados o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o vice-presidente do TST, ministro Antônio José de Barros Levenhagen; o ministro aposentado do STF, Eros Grau; o teólogo Frei Betto e o jornalista Emanuel Carneiro, presidente da Rádio Itatiaia. O ministro Eros Grau não pôde comparecer e receberá a medalha em outra oportunidade.
O presidente da Amagis enalteceu as virtudes do patrono da honraria, o desembargador Guido de Andrade, cuja trajetória representa uma bússola para a busca da excelência na prestação jurisdicional e para o associativismo.
E também ressaltou o trabalho desenvolvido pelos homenageados. “Em suas brilhantes trajetórias, nenhum dos senhores optou pela comodidade, ou se deixou seduzir pelas facilidades do poder; ao contrário, têm se ocupado em contribuir para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, em especial para a concretização da cidadania plena”, afirmou Herbert Carneiro.
Leia aqui o discurso do presidente da Amagis na íntegra.
O orador oficial da solenidade foi o desembargador Tiago Pinto, que revelou um pouco da trajetória de cada um dos homenageados. “A Medalha Guido de Andrade não é apenas um metal, é uma expressão da gratidão da Amagis aos seus escolhidos, pessoas que, por seus atos, atividades profissionais e manifestações, participam e homenageiam os ideais da magistratura, colaboram na construção de um Poder Judiciário forte e capaz de enfrentar os desafios de uma realidade injusta e desigual”, pontuou Tiago Pinto.
Homenageados

O ministro José Eduardo Cardozo afirmou que receber a Medalha Guido de Andrade foi uma honra. “Para qualquer pessoa que seja dignificada por representantes do Poder Judiciário, e particularmente pelo Poder Judiciário de Minas, é absolutamente um motivo de grande satisfação e orgulho”, disse Cardozo.
O discurso em nome dos homenageados foi proferido por Frei Betto. Ele revelou sua profunda admiração pelo Judiciário e pelos magistrados. “Meu pai, Antônio Carlos Vieira Christo, foi juiz e participante da vida associativa na Amagis. Essa é também uma homenagem a ele”, afirmou.
Em seu pronunciamento, Frei Betto defendeu a democratização no Judiciário. Fazendo um paralelo com os outros poderes, nos quais os dirigentes são eleitos, perguntou: “Por que não são os juízes que escolhem os dirigentes dos respectivos tribunais?”. E disse esperar que essa democratização chegue um dia ao Judiciário.
O ministro Antônio José de Barros Levenhagen destacou a amizade e o carinho do presidente da Amagis e a consideração da Associação com seu pai, que foi juiz na década de 1960 e com seu irmão, o desembargador do TJMG Carlos Augusto de Barros Levenhagen.

O jornalista Emanuel Carneiro também afirmou estar muito feliz e honrado em receber a homenagem, lembrou dos colegas da rádio que trabalham diariamente com os magistrados nos fóruns e disse que tem um respeito muito grande pela Justiça e pelos magistrados.
Reconhecimento
O presidente do TJMG, desembargador Joaquim Herculano, lembrou do patrono da medalha, segundo ele, um juiz paradigmático. “Ao outorgar a honraria a essas personalidades de hoje, a Amagis reconhece o trabalho que elas têm feito e desenvolvido para a cidadania brasileira e mineira”, exaltou Herculano.
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas, deputado Dinis Pinheiro, parabenizou a Amagis pela realização do evento. “A Assembleia sempre esteve muito próxima do Judiciário e da Amagis, essa entidade tão representativa que, da mesma forma que o Legislativo, pensa em melhorar a vida das pessoas, levando ao cidadão, sobretudo ao cidadão comum, uma Justiça mais ágil, eficiente e independente. E é isso que a Amagis tem feito incansavelmente”, afirmou Pinheiro.
O secretário do Conselho da Medalha, juiz Marcos Henrique Caldeira Brant, fez a leitura da portarias de criação da honraria e de nomeação dos homenageados deste ano.

Além do presidente da Amagis, desembargador Herbert Carneiro, compuseram a mesa de honra as seguintes autoridades: o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo; o presidente do TJMG, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues; o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro; o vice-presidente do TST, ministro Antônio José de Barros Levenhagen; o ministro do TST José Roberto Freire Pimenta; presidente do TJMMG, Osmar Duarte Marcelino; a desembargadora federal Maria Laura Franco Lima de Faria, representando a presidente do TRT-3, desembargadora Deoclécia Amorelli Dias; o advogado Leonardo Felipe Sarsur, representando o presidente da OAB-MG, Luis Cláudio Chaves; Frei Betto; e o jornalista Emanuel Soares Carneiro.
Presenças
Estiveram presentes as seguintes autoridades: os ex-presidentes da Amagis, desembargadores Reynaldo Ximenes, Carlos Augusto de Barros Levenhagen e Nelson Missias de Morais e o juiz Bruno Terra Dias; o 2° vice-presidente do TJMG, desembargador Baía Borges; o juiz José Aluísio Neves da Silva; juiz Bruno Alves Rodrigues, representando a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho – 3ª Região; o juiz João Ricardo dos Santos Costa, representando o presidente da Associação dos juízes do Rio Grande do Sul, Pio Giovani Dresch; a desembargadora Márcia Milanez, representando o presidente da AMB, desembargador Henrique Nelson Calandra; o cel. BM Marcelo Tadeu de Souza Brito, representando o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, cel. BM Sílvio Antônio de Oliveira Melo; o vereador Marcelo Aro, representando o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês; a diretoria jurídica da Cemig, Maria Celeste Morais Guimarães, representando o presidente da Companhia, Djalma Bastos de Morais; o diretor de meio ambiente da Copasa, Tilden Santiago, representando o presidente Ricardo Augusto Simões Campos; o presidente da Academia Mineira de Letras, Olavo Romano;o deputado federal Gabriel Guimarães; o diretor Executivo da Rede Record, Gustavo Paulus; o advogado José Guido Campos Andrade, e demais familiares do desembargador Guido de Andrade.
Histórico

A “Comenda Comemorativa Desembargador Guido de Andrade” foi instituída pela Amagis através da portaria normativa nº 1, de 15 de junho de 2007, na gestão do ex-presidente Nelson Missias de Morais, e tem a função de homenagear pessoas que contribuíram para o fortalecimento da magistratura mineira. Já foram homenageados: José Alencar, Sepúlveda Pertence, Alberto Pinto Coelho, Aécio Neves, Gilmar Mendes, Elmiro Nascimento, Luiz Fernando Carvalho, Antonio Anastasia, Francisco Rezek, Célio Borja, Durval Ângelo, Itamar Franco, Carlos Velloso, Danilo de Castro, Sálvio de Figueiredo, Dinis Pinheiro, Renato Vieira de Souza, Mário Fontana, Carlos Alberto Reis de Paula, Jefferson Luis Kravchychyn, Fábio Augusto Ramalho dos Santos, Maria Coeli Simões Pires e Paulo Emílio Coelho Lott.
Guido de Andrade
O desembargador José Guido de Andrade, que dá nome à comenda da Amagis, foi um ícone da magistratura mineira. Sua morte, em 2004, representou uma grande perda para a classe, mas não apagou as boas memórias de suas lutas e conquistas em prol de todo o Poder Judiciário. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, em 1956. Ingressou na magistratura em 1961 e foi promovido a desembargador em 1988.
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