A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) vem a público esclarecer que não há envolvimento, muito menos suspeita, dos juízes e juízas em atividade na Comarca de Sete Lagoas na operação desencadeada pela Polícia Federal nesta terça (24).

Ao contrário do divulgado, a operação foi autorizada, na verdade, por um juiz dessa Comarca com o objetivo de investigar e apurar responsabilidades em supostos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Faz-se necessário repetir que foi o juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sete Lagoas que determinou, em várias cidades, 26 mandados de busca e apreensão em casas, empresas e escritórios de advocacia acusados de envolvimento nos citados crimes.

Os magistrados apontados como suspeitos não atuam nessa ou em qualquer outra comarca do Judiciário mineiro. Um deles, conforme a própria notícia divulgada, foi afastado em 2017 por condutas incompatíveis com a atividade judicante, por decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O outro se aposentou voluntariamente em 2012. Portanto, não integram mais os quadros do Tribunal.

Reafirmamos que a magistratura e o Judiciário mineiros estão igualmente empenhados, a exemplo de outros órgãos do sistema de Justiça, com respeito ao amplo direito de defesa, no combate a quaisquer atividades criminosas e não se furtarão a punir os responsáveis onde quer que estejam.

 

Belo Horizonte, 24 de novembro de 2020

Desembargador Alberto Diniz
Presidente da Amagis