Com o objetivo de propor a criação de uma política nacional de segurança para os magistrados e de chamar atenção para o momento pelo qual passam os juízes mineiros e brasileiros, foi lançando pela Amagis e pela AMB, nesta sexta-feira, 2, o Manifesto pela Segurança. Diversas autoridades participaram do evento e destacaram a importância do papel das associações de magistrados na defesa das prerrogativas e das condições de trabalho dos juízes.
O presidente da Amagis, juiz Bruno Terra, destacou a importância desse tipo de evento em Minas Gerais e da união da classe em prol da segurança dos magistrados.
“Em Minas acontecem ameaças, mas felizmente não tivemos uma concretização de um fato desses. É por isso que a Amagis e a AMB estão juntas, bem como com as outras associações de classe, para essa troca de experiências. Aqui na Amagis, há cerca de 10 anos atuamos juntamente com os mecanismos de defesa social em favor da segurança física e da vida do juiz e seus familiares. O lançamento do ato vem reafirmar a postura da Amagis, em parceria com AMB, na defesa da segurança do juiz e de seu direito de julgar com independência”.
Para o presidente em exercício da Amagis, desembargador Herbert Carneiro, este é um momento ímpar para a magistratura. “Sabemos que temos, atualmente, aproximadamente 20 juízes sob alvo de ameaças graves em Minas. Esses casos, já monitorados pela nossa força de segurança pública, nos moveu a uma visita recentemente às nossas autoridades na Cidade Administrativa para reiterar o apoio aos magistrados que vivem situação de risco em Minas Gerais, para que eles possam continuar a exercer suas funções, independente de qualquer coação”, afirmou o desembargador.
O presidente da AMB, desembargador Nelson Calandra, que participou do lançamento do manifesto, acompanhado de outros membros da diretoria da associação nacional, falou sobre momentos marcantes para o Judiciário que têm acontecido nos últimos dias, como a reforma do Código Penal, os assassinados dos magistrados e promotores, e declarações contra a magistratura. “Vivemos uma total inversão de valores e é por isso que não aceito quando alguém aponta o dedo para a magistratura, dizendo que somos bandidos. A magistratura mineira deve estar unida”, disse ele, acrescentando que, para enfrentar os desafios do século XXI, os juízes precisam de ferramentas do século XXI.
O lançamento do manifesto foi realizado durante a solenidade de inauguração da foto do desembargador Nelson Missias, secretário-geral da AMB, na galeria de ex-presidentes da Amagis. “Profissionalmente, estou fazendo aqui o que mais gosto, depois de julgar, que é defender a magistratura. Sinto-me muito mais valorizado com o ato de lançamento de uma campanha em defesa do magistrado brasileiro e mineiro, sendo realizado durante a solenidade de inauguração de minha foto na galeria de ex-presidentes da Amagis, afirmou Nelson Missias.
Durante a tarde, os presidentes da Amagis e da AMB deram uma entrevista coletiva à imprensa mineira sobre o manifesto.
O documento foi assinado pelo presidente da Amagis, juiz Bruno Terra, pelo presidente em exercício, desembargador Herbert Carneiro, e pelo presidente da AMB, desembargador Nelson Calandra.
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