A Diretoria da Amagis homenageou, nesta quinta-feira (6/7), magistrados e magistradas que se aposentaram entre 2019 e 2022 e os que faleceram ainda em atividade no mesmo período. O tributo, criado em 2011, na gestão do desembargador Bruno Terra Dias (2010-2012), foi retomado este ano, após a pandemia da Covid-19, com uma novidade: a criação da Medalha Reynaldo Ximenes, desembargador e ex-presidente da Associação, falecido em 18 de maio deste ano.

Em sua saudação aos presentes, o presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, fez reverência às vítimas da pandemia e ao desembargador Reynaldo Ximenes, patrono da comenda, a quem, antes de sua passagem, consultou sobre a possibilidade de batizar a medalha com seu nome. “Ximenes sendo Ximenes, de forma muito transparente disparou que tantos outros poderiam receber a distinção que lhe era oferecida, agradecendo sem qualquer falsa modéstia, como de seu estilo”, revelou o presidente da Amagis.

Luiz Carlos lamentou o fato de o destino ter levado Ximenes no dia em que a comenda seria implementada e permitiria a ele ser o orador da primeira entrega. “Cá estamos nós agora, com um sentimento deste de saudades, que rouba da gente um pouco a fala, que nos dá aquilo que chamamos de nó na garganta, mas devemos seguir à diante como certamente seria o desejo de nosso agora saudoso timoneiro”, afirmou.

A juíza Rosimere das Graças do Couto, vice-presidente da Amagis e da AMB, e o diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura, desembargador Nelson Missias de Morais, ex-presidente da Amagis e do TJMG, entregaram homenagem especial à viúva do desembargador Reynaldo Ximenes, Cláudia Periard Pressato Carneiro, e aos filhos Aloysio Fernandes Ximenes Carneiro e Ana Cláudia Pressato Ximenes Carneiro. 

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Agradecimentos

Ao falar em nome dos homenageados, o juiz aposentado Jorge Paulo dos Santos disse que, os hoje agraciados combateram o bom combate, guardaram a fé e tudo fizeram para honrar o Direito e a Justiça, em paráfrase ao apóstolo Paulo. “Boa parte de nossas vidas foi dedicada à Magistratura. Fomos contemplados benevolentemente com colegas que não mediram esforços para que prevalecesse a primazia da ética, da escorreita e justa entrega da prestação jurisdicional, por vezes, e não raro, com o sacrifício do convívio familiar, desde longínquas Comarcas até a Capital. E tudo distante das facilidades e novidades tecnológicas do modernismo, que hoje aparelham o Poder Judiciário”, comentou o magistrado.

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Em uma breve reflexão sobre o tempo, Jorge Paulo observou que, ao mesmo tem em que ele toma o vigor físico das pessoas, os indivíduos, por sua vez, consomem as possiblidades de crescer intelectualmente, aguçando a percepção que faltava a eles quando jovens, sobre o valor da vida, da família, da amizade, do dever cívico e funcional e do próprio tempo. “Chegada a hora, cumpridas as exigências legais, penduramos a toga de Juízes. Alguns vestiram ou vestirão a dos advogados, sem perder de vista, todavia, o que lhes ensinou e neles forjou de mais importante a Magistratura: a honestidade de propósitos”, disse o magistrado.

No encerramento de seu discurso, Jorge Paulo propôs um minuto de silêncio em homenagem ao desembargado Reynaldo Ximenes, a quem definiu como personagem ímpar, de ilustrada carreira, que jamais abriu mão de defender as prerrogativas e direitos da Magistratura nacional.

Reverência

O orador da cerimônia, juiz Auro Aparecido Maia de Andrade, em referência ao desembargador José Fernandes Filho, observou que as instituições são feitas por seus integrantes e afirmou: “São os feitos humanos que promovem o desenvolvimento, as mudanças sociais e na extensão da missão do Poder Judiciário, essa verdade ainda é mais pulsante e sensível na medida em que a cada um de seus agentes – servidores-Juízes que são – compete a árdua, mas gratificante atribuição de dizer o direito e distribuir a justiça”.

Leia o discurso na íntegra.

Auro Aparecido salientou que cada homenageada e homenageado foi protagonista, de forma única, ao fazer acontecer a história da Magistratura Mineira, sendo, portanto, insubstituível no desempenho do dever para com os jurisdicionados de Minas Gerais.

O magistrado destacou que os homenageados exerceram a função judicante de maneira devotada, abnegada e sacrificante, inclusive com renúncias do convívio familiar, fazendo do ofício de julgar um verdadeiro sacerdócio. “As pessoas aqui homenageadas jamais poderão ser substituídas. O lugar que cada uma delas ocupa na história do Poder Judiciário mineiro é insubstituível e, mais que individual, é personalíssimo”, afirmou Auro Aparecido.

Magistrados e magistradas mineiras, familiares e diversas autoridades compareceram à solenidade, entre elas o corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Carlos Corrêa Júnior; superintendente administrativo adjunto do TJMG, desembargador Geraldo Augusto; a vice-presidente de Aposentados e Pensionistas da Amagis, desembargadora Heloisa Combat; e a superintendente adjunta da Ejef,  desembargadora Lilian Maciel.

Os magistrados que não puderam comparecer à solenidade receberão a Medalha posteriormente. 

 

Homenageados(as) que se aposentaram entre 2019 e 2022:

Abenias César de Oliveira;
Adriana Fonseca Barbosa Mendes;
Adriani Freire Diniz Garcia;
Alberto Henrique Costa de Oliveira;
Alexsander Antenor Penna Silva;
Alvares Cabral da Silva (in memoriam);
Andréa Luíza de Oliveira Dias Franco de Souza;
Angélica Ferrari Brugnara Battestim;
Antônio Carlos Cruvinel;
Átila Andrade de Castro;
Bruno Teixeira Lino;
Calvino Campos;
Carlos Roberto Loiola;
Carlos Salvador Carvalho de Mesquita;
Célia Ribeiro de Vasconcelos;
Célio Marcelino Da Silva;
Clóvis Silva Neto;
Dalton Soares Negrão;
Dárcio Lopardi Mendes;
Denise Pinho da Costa Val;
Dilma Conceição Araújo Duque;
Eduardo Valle Botti;
Elias Camilo Sobrinho;
Fernando Antônio Tamburini Machado;
Hilda Maria Pôrto de Paula Teixeira da Costa;
Ilca Malta Pinto;
Jacinto Copatto Costa;
Jacqueline de Souza Toledo;
João Batista Mendes Filho;
João Rodrigues dos Santos Neto (in memoriam);
Jorge Paulo dos Santos;
José Adalberto Coelho (in memoriam);
José de Anchieta da Mota e Silva;
José Edgard Penna Amorim Pereira;
José Mauro Soares Floriano;
José Washington Ferreira da Silva;
Judimar Martins Biber Sampaio;
Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva;
Luciano Pinto;
Luiz Audebert Delage Filho;
Luiz Guilherme Marques;
Luiz Henrique Veloso (in memoriam)
Mara Cristina de Avellar Fonseca;
Márcia Heloísa Silveira;
Márcia Maria Milanez;
Marco Aurélio Chaves Albuquerque;
Marcos Antônio Hipólito Rodrigues;
Maria Aparecida Consentino Agostini;
Otávio de Abreu Portes;
Paulo Antônio de Carvalho;
Paulo Cássio Moreira;
Paulo Cezar Dias;
Paulo de Carvalho Balbino (in memoriam);
Paulo Eduardo Andrade Reis;
Paulo Roberto da Silva;
Pedro Coelho Vergara;
Regina Célia Silva Neves;
Renato César Jardim;
Renato Martins Jacob;
Rowilson Gomes Garcia;
Ruy Nogueira de Sá Filho;
Sebastião Novato Martins;
Sérgio Franco de Oliveira Junior;
Thaís Maria Vinci de Mendonça Chaves;
Tiago Pinto;
Vinícius Gomes de Moraes;
Wander Paulo Marotta Moreira.


Homenageados(as) que faleceram na atividade entre 2019 e 2022:

Miller Rogério Couto Justino - 2020
João Roberto Borges - 2020
Edson de Almeida Campos Júnior - 2020
Adilson Lamounier - 2020
Edila Moreira Manosso - 2020
Luiz Henrique Veloso - 2021
Tânia Maria Elias Chain - 2021
Almir Prudente dos Santos - 2021
Geraldo Rodrigues de Oliveira - 2021
João Rodrigues dos Santos Neto - 2021
Andreísa de Alvarenga Martinoli Alves - 2022
Hélio Marcos Mioto - 2022
José Osvaldo Corrêa Furtado Mendonça - 2022