A sessão da Corte Eleitoral mineira nesta quinta-feira, 9/6, foi marcada por homenagens à juíza Patrícia Henriques Ribeiro, ouvidora do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, que encerra, amanhã, dia 10/6, seu biênio na classe de juristas do TRE-MG. Hoje foi sua última sessão na Corte.



O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, membro da Corte Eleitoral, destacou a grande juíza que se mostrou Patrícia Henriques. “Independente, que se pauta pelo seu conhecimento e seus ideais, não se curva a pressão alguma e possui todos os predicados necessários à carreira. Pode se orgulhar disso. Onde a juíza Patrícia Henriques estiver, ela sempre será feliz. Porque ela irradia bondade. E quem irradia bondade só colhe bondade”, afirmou o magistrado.

Ainda em seu discurso, Luiz Carlos enfatizou a presença feminina na Corte Eleitoral, que tem, atualmente, a juíza Patrícia como única representante, entre titulares e substitutos. “Torço para que a sensibilidade das mulheres esteja sempre presente nesta Corte. Nós aprendemos demais com elas. O desdobramento e a força feminina nos ensinam muito”, concluiu o presidente da Amagis, entregando à jurista uma orquídea em agradecimento pelo convívio, aprendizado e todo o trabalho desempenhado no Tribunal Eleitoral.

O presidente do TRE-MG, desembargador Marcos Lincoln, fez um agradecimento especial à juíza pela maestria com a qual desempenhou seu trabalho. Segundo ele, Patrícia Henriques sempre buscou por Justiça com respeito e diálogo. “Vai deixar a marca de seu legado que ficará para a posteridade”, disse. No exercício da Ouvidoria, ele destacou o excelente trabalho da juíza, integrando as ouvidorias dos demais tribunais eleitorais, e sua luta pela instalação da Ouvidoria da Mulher. “Fica a amizade além do reconhecimento profissional como juíza, advogada, professora e mestre. Desejo um destino coroado de êxito pessoal e profissional”, concluiu o desembargador.

O vice-presidente, corregedor eleitoral e presidente eleito do Tribunal Eleitoral, desembargador Maurício Soares, aderiu às manifestações e ressaltou o agradecimento à jurista “pela atenção e seriedade com as quais atuou no TRE mineiro, onde cumpriu um belo trabalho”.

Todos os membros da Corte Eleitoral manifestaram agradecimento à juíza destacando seu elevado perfil intelectual, humildade, fino trato nas conversas e sua representatividade feminina na Corte.

Emocionada, Patrícia Henriques agradeceu aos colegas pelas palavras e afirmou que sai com um sentimento de gratidão à Deus por ter permitido sua nomeação e posse, ao presidente Marcos Lincoln, pela confiança em nomeá-la como ouvidora, e a todos os colegas pela convivência e aprendizado. A juíza fez um agradecimento especial ao juiz Luiz Carlos Rezende e Santos. “O admiro muito pela figura humana maravilhosa que é”, afirmou, parabenizando-o e também fazendo referência ao ex-presidente Alberto Diniz pela condução da Amagis.

“A Associação dos Magistrados Mineiros é muito presente na Justiça e traz aos magistrados segurança necessária para o desempenho de seu papel. É uma instituição que faz todo o trabalho de integração, onde já estive presente e pude, nestes dois anos no Tribunal Eleitoral, perceber”, afirmou.

Patrícia Henriques agradeceu ainda a toda sua equipe no Tribunal Eleitoral citando o nome de cada um. “Ninguém consegue nada sozinho. Nada disso aqui teria sido possível se eu não tivesse o apoio de vocês”. A juíza destacou a honra que sente em ter feito parte da Corte Eleitoral e lembrou da participação das eleições municipais de 2020. “Talvez as eleições de 2020 tenham sido uma das mais emblemáticas até hoje nesses 90 anos da Justiça Eleitoral, em virtude da pandemia”, enfatizou.

Patrícia Henriques Ribeiro está no TRE-MG desde junho de 2020. Em outubro de 2021, foi nomeada ouvidora. Como ficou um biênio na Corte, ela poderá ser reconduzida por mais um biênio, vaga pela qual está concorrendo. A votação ocorrerá no TJMG no dia 27 deste mês.

Natural de Belo Horizonte, Patrícia Henriques é graduada em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos, com mestrado em Ciências Jurídico-Politicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e doutorado em curso pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É advogada e professora universitária.