A Magistratura mineira reuniu-se na noite desta quinta-feira, 16, no auditório da Amagis, em Belo Horizonte, para demonstrar todo seu reconhecimento e gratidão aos 24 magistrados e magistradas que dedicaram suas vidas à Justiça Estadual e que se aposentaram no ano de 2017.

As homenagens foram entregues pelo presidente da Amagis, desembargador Maurício Soares; pelo diretor-secretário e diretor de Comunicação, juiz Christyano Generoso; e pela 3ª vice-presidente do TJMG, desembargadora Mariângela Meyer, que representou o presidente do Tribunal, desembargador Nelson Missias de Morais.

homenagem

A placa reverencial destinada a materializar e recompensar moralmente, e de forma perene, os magistrados aposentados foi instituída pela portaria normativa número 4, de maio de 2011, na gestão do então juiz presidente, Bruno Terra Dias.

homenagem

Esforço e reconhecimento

Em seu discurso, o presidente da Amagis, desembargador Maurício Soares, ressaltou que este é um momento de coroamento de todo um esforço continuado e dedicado à carreira pela forte crença nos princípios que guiam o direito e a justiça e também uma oportunidade única de invocar a participação de cada um dos homenageados na vida associativa.

“Nossa vocacionada Amagis reconhece o valor e o alcance do trabalho de cada um. Os senhores e senhoras representam hoje o que há de mais apurado e avançado na trajetória profissional e humana de um magistrado e de uma magistrada, aliando notáveis conhecimentos a uma experiência rica e vencedora, trazida da vivência direta e intensa dos conflitos sociais”, afirmou o presidente da Associação.

Maurício Soares garantiu que, com o apoio dos magistrados ativos e inativos, a Amagis estará sempre atenta, vigilante e atuante para manter sua vocação original, fundada e pautada na defesa intransigente da Magistratura e de suas prerrogativas. “A volta da plena paridade, por exemplo, é para nós um princípio, nosso e da Constituição, e uma bandeira de compromisso histórico e de gestão”, pontuou.

O presidente destacou a reunião ocorrida no dia 31 de julho com a nova direção do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para tratar exclusivamente das questões específicas dos aposentados. De acordo com ele, a Presidência do TJMG deu garantias de que todos os esforços serão dirigidos para preservar as conquistas históricas da classe, sem perdas de direito, e de modo a proporcionar-lhes condições dignas de sobrevivência.

Maurício Soares

Maurício Soares ressaltou ainda que, no início deste semestre, na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, no Congresso Nacional, as Associações estaduais, entre elas a Amagis, alcançaram importante vitória ao excluir o artigo que vedava a possibilidade de recomposição para todo o servidor público, o que permitiu ao STF incluir a previsão de recomposição monetária na proposta orçamentária. “E continuaremos a lutar por isso até o último dia da atual gestão”, frisou Maurício Soares.

De acordo com o presidente, a Amagis fará esforços semelhantes para o resgate do Adicional por Tempo de Serviço (ATS) enquanto parcela de valorização pelo tempo de Magistratura, que se trata de premiação à permanência e dedicação à carreira.

“A atenção ao associado aposentado é indispensável e deve ser encarada como uma prioridade na atividade associativa. Para nós, é fundamental que magistrados ativos, especialmente os mais novos, e aposentados conheçam a realidade de cada um, os riscos às conquistas históricas, como a paridade e integralidade, para que a Magistratura seja una, nas suas agruras e vitórias”, concluiu Maurício Soares.

Clique aqui para ler o discurso na íntegra.

plateia

Agradecimento

O juiz Agnaldo Rodrigues Pereira falou em nome dos homenageados e agradeceu o convite da Amagis para representá-los. Ele destacou sua trajetória no TJMG e seus mais de 20 anos de contribuição à Justiça como magistrado, nos quais, muitas vezes, se podia contar com poucos recursos materiais e humanos.

“São meros registros, pequenos apontamentos de uma carreira que se confunde com as da maioria dos homenageados e de tantos outros aposentados que, por longos anos, dedicaram e entregaram o melhor de suas vidas à Magistratura, de muita labuta e sentimento de cumprimento do dever”, afirmou o homenageado.

Agnaldo Pereira afirmou que, nesse momento em que a Magistratura sofre agressões e incompreensões por parte de diversos setores da sociedade, cabe às Associações de Classe unir forças para a democratização do Poder Judiciário e a defesa da igualdade de direitos entre os Magistrados, ativos e inativos, pois todos são iguais e devem receber idênticos tratamentos.

Agnaldo Rodrigues

Em seu discurso ele destacou ainda que é urgente à Administração Judiciária valorizar seu quadro de pessoal e fomentar a permanência na carreira de dignos e experimentados juízes, uma vez que magistrados experientes têm encerrado sua função judicante em razão de aposentadorias precoces ou por exonerações voluntárias.

“De igual maneira, os juízes aposentados ou inativos ainda muito podem contribuir com as suas experiências. Calha, por oportuno, invocar, mais uma vez, a atuação de nossas Associações de Classe, fórum próprio para a colheita de sugestões e fomento ao debate, a fim de viabilizar a utilização dessa importante força de trabalho dos inativos e a valorização da carreira dos ativos”, ressaltou o juiz Agnaldo Pereira.

Clique aqui para ler o discurso na íntegra.

A desembargadora Mariângela Meyer, 3ª vice-presidente do TJMG, disse ficar muito triste com a aposentadoria dos magistrados, ao mesmo tempo muito novos e com experiência, formação e capacidade para continuarem trabalhando, mas que por outro lado podem, na aposentadoria, abraçar sonhos que estavam por realizar. Na avaliação dela, para manter aqueles que aposentam, a Amagis tem sempre que ser o ponto de encontro e união entre os magistrados da ativa e da inativa.

A solenidade de homenagem contou ainda com a apresentação do Coral da Amagis, regido pela maestrina Ingrid Hollerbach.

Coral da Amagis

Veja abaixo a lista dos homenageados:

Desembargadores:

Heloisa Helena de Ruiz Combat

José do Carmo Veiga de Oliveira

Juízes:

Agnaldo Rodrigues Pereira

Américo Freitas de Jesus

Angelique Ribeiro de Souza

Antônio Carneiro da Silva

Arsênio Pinto Neto

Auro Aparecido Maia de Andrade

Bernadete Portugal Simão

Christiane de Almeida Alvim

Geraldo Carlos Campos

Guilherme Queiroz Lacerda

João Batista Simeão da Silva

Joaquim Cardoso de Campos Valladares

José Edair de Oliveira

Marcos Irany Rodrigues da Conceição

Marcio Vani Bemfica

Maria Cecília Gollner Stephan

Marli Maria Braga Andrade

Oilson Nunes dos Santos Hoffmann

Ramon Moreira

Silvia Rodrigues de Oliveira Brito

Wagner Alcântara Pereira

Willys Vilas Boas