No último sábado, 27 de julho, a Amagis realizou o lançamento do Volume II da revista MagisCultura – Série Histórica. O evento ocorreu na sede da Associação e foi conduzido pelo presidente da Associação, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, e pelo diretor do Conselho Editorial da Revista, juiz Renato César Jardim. O desembargador do TJMG Doorgal Borges de Andrada e a juíza do TJMMG Daniela Freitas Marques, ambos autores da publicação, participaram da solenidade de lançamento, comentando temas da publicação e da história do Judiciário em Minas.  

A nova edição destaca 18 magistrados mineiros que deixaram sua marca na história do Poder Judiciário. Eles foram homenageados pela revista e, durante a solenidade, a Amagis entregou aos familiares e representantes um quadro com a pintura do retrato de cada um, feita pela artista Sandra Bianchi especialmente para a revista.

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História

Na abertura, Luiz Carlos Rezende e Santos expressou sua alegria pelo lançamento do segundo volume histórico da revista e enfatizou a importância de preservar a história, destacando o papel fundamental que cada um dos homenageados teve na construção do Poder Judiciário mineiro. "Esses magistrados são exemplos para todos nós e representam uma parte vital dessa história. É nossa responsabilidade preservar e honrar suas contribuições e a revista é uma forma de retribuir o carinho, contando as histórias dessas pessoas que construíram o caminho da Justiça, especialmente em nosso Estado, brilhando daqui para outros rincões, como ficou retratado nos dois volumes históricos de MagisCultura", disse. Para o presidente da Associação, o evento foi um momento de grande significado para a Amagis e para todos aqueles que valorizam a história do Judiciário.

 

O juiz Renato César Jardim também expressou sua satisfação com o lançamento e a importância de MagisCultura. "Quando tentamos calar a história, calar a cultura, o prenúncio do caos já está anunciado. Precisamos manter viva a nossa memória, principalmente para trazer para o presente aquilo que foi bom e positivo para que sirva de exemplo para as gerações futuras", destacou o diretor do Conselho Editorial. Ele ainda agradeceu a todos que contribuíram para a produção da revista, especialmente ao presidente Luiz Carlos, "que sempre abraçou MagisCultura com muito carinho".

 

“Revista necessária”

 O desembargador Doorgal Borges de Andrada, autor do texto sobre o ministro Antônio Carlos Lafayette de Andrada, seu padrinho de batismo, parabenizou a Amagis pelo lançamento de mais uma edição histórica de MagisCultura. O magistrado, que já presidiu a Associação, ressaltou a coragem e persistência do presidente Luiz Carlos. “Comandar uma associação não é tarefa fácil. A demanda e a pressão que se sofre nesse cargo é muito difícil. Costumo dizer que a gravidade em ser presidente de associação é que você tem as reivindicações e as reclamações, mas não tem a caneta. Ou seja, não tem a solução nas mãos. Então, quero parabenizar o nosso presidente pela força e persistência à frente da Amagis e pela coragem de fazer todo esse movimento cultural-jurídico, que não é fácil, mas é uma necessidade. A Magiscultura é uma revista necessária”.

Para ele, a história e a memória devem ser preservadas. “O passado não pode ser esquecido. Quem não tem história, não tem futuro. Quem não entende o passado, não percebe o presente com profundidade. É muito importante aplaudir aqueles que carregaram as pedras para que trabalhássemos com mais tranquilidade”, disse o desembargador.  

A juíza Daniela Marques também parabenizou a Associação pela nova edição de MagisCultura. Ela publicou texto com o título “A (des)presença feminina na história da Magistratura”.

“Quando eu recebi essa incumbência para escrever sobre a ausência das mulheres fiquei como numa encruzilhada. Porque, embora muitos homens sejam esquecidos, eles têm o seu registro e se encontram nos arquivos, eles têm a sua história. Sobre a história das mulheres, me deparei com o silêncio. A história das mulheres é uma história da ausência de fala, é uma história de destruição de arquivos. Os homens públicos fazem suas autobiografias, eles escrevem, se elogiam, mas as mulheres, muitas vezes ao longo do tempo, elas tiveram sua escrita nos diários, que foram destruídos, o que o pudor feminino não permitia que muitas vezes viesse à tona seus segredos íntimos. E a forma feminina da literatura sempre foi a correspondência. A mãe que escreve para o filho se cuidar, a mulher que escreve para o seu amante, as irmãs que se correspondem. E nós tivemos, ao longo do tempo, muitas mulheres que se destacaram, mas elas são como trajetórias que se apagam a semelhança de uma estrela que nasce no céu e ela é esquecida”, disse.

 

Daniela agradeceu a Amagis e falou da honra em ter participado de MagisCultura. “A minha grande paixão, além do Direito, são as artes, a literatura. E eu penso que uma revista tão bonita precisa ser lida.  Os livros, as publicações, elas têm vida por meio do leitor. E a mulher sempre foi a leitora dos livros e da própria história”, disse a magistrada.  

Homenagens

Durante o lançamento, a Amagis homenageou os familiares dos magistrados destacados na publicação. A viúva do ministro Paulo Medina, Maria Ângela Batista de Oliveira Medina, falou da emoção em receber a homenagem. Ela participou acompanhada de seu filho Roberto Medina. “Estou muito feliz e emocionada. Receber esse carinho e esse acolhimento aqui na Associação é muito gratificante. Foi uma manhã muito especial”, disse.

Maria Ângela, que também é sobrinha do desembargador Nísio Batista de Oliveira, recebeu retrato do magistrado das mãos do presidente Luiz Carlos, do diretor Renato César Jardim, e do desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant, autor do texto sobre Nísio Batista de Oliveira.                                       

 

Simone Ribeiro, viúva do ministro Sálvio de Figueiredo, expressou sua honra em participar da solenidade. “Senti uma alegria muito grande em ver o Sálvio ser lembrado em um momento como esse, justamente pelo fato de ter acompanhado muito de perto todo o trabalho e todo o empenho e dedicação que ele teve, por toda a vida, ao Judiciário, especialmente na criação das escolas da Magistratura, que eu acho que além do trabalho profissional foi o grande legado dele”, disse.

 

Os familiares do desembargador José Guido de Andrade, sua filha Maísa Campos Andrade e seu neto Pedro Lucas Andrade, receberam o quadro com a pintura do retrato do magistrado. Autor do texto sobre o magistrado, o desembargador Almeida Melo, participou da entrega da homenagem.

 

Os filhos do desembargador Edésio Fernandes, Cândido Luiz Fernandes, autor do texto sobre o magistrado, e Eduardo Fernandes, estiveram presentes na solenidade e receberam homenagem.

 

O desembargador Doorgal Borges de Andrada recebeu o retrato de seu padrinho, Antônio Carlos Lafayette Andrada, sobre quem escreveu.

 

Autor do texto sobre os desembargadores José de Assis Santiago e Sérgio Lellis Santiago, de quem é neto e filho respectivamente, o desembargador Alexandre Quintino Santiago recebeu das mãos do presidente Luiz Carlos, do diretor de MagisCultura juiz Renato César e da juíza de São Domingos do Prata, Vaneska de Araújo Leite, os quadros dos homenageados. Os dois magistrados homenageados nasceram em São Domingos do Prata (MG).

 

O quadro com a pintura do desembargador Herbert Carneiro foi entregue para a viúva, Denise Pires Carneiro, que veio acompanhada de seu filho, Thiago Pires Carneiro, autor do texto sobre o magistrado que é ex-presidente do TJMG e ex-presidente da Amagis, e sua nora, Isabella Carneiro.

 

O 3º vice-presidente do TJMG, desembargador Rogério Medeiros, participou da solenidade. Ele escreveu texto sobre o ministro João Martins de Carvalho Mourão, e recebeu o quadro.

 

O desembargador Francisco Albuquerque, autor do texto sobre Ruy Gouthier de Vilhena, recebeu o quadro com a pintura do homenageado.

 

O professor Hermes Guerrero, diretor da Faculdade de Direito da UFMG, é autor do texto sobre Nelson Hungria Guimarães Hoffbauer.

 

O advogado Olavo Bilac Pinto Neto, autor do texto sobre o magistrado e político Olavo Bilac Pereira Pinto, foi representado na solenidade por Raul Câmara Filho, que recebeu em seu nome o quadro.

 

Entre os participantes do lançamento estiveram o 3º vice-presidente do TJMG e autor da revista desembargador Rogério Medeiros; autor da arte da capa da revista, desembargador José Marcos Rodrigues Vieira; o ex-presidente do TJMG, desembargador José Fernandes Filho; a presidente do TRF6, desembargadora Mônica Sifuentes; a secretária-adjunta de Cultura do Estado, Josiane de Souza, representando o secretário Leônidas Oliveira; Beatriz Coelho Morais de Sá, diretora do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, representando o presidente Jose Carlos Serufo, além de magistradas, magistrados, advogados, familiares e amigos dos homenageados.

 

 

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