O acadêmico Jacyntho Lins Brandão foi eleito presidente da Academia Mineira de Letras (AML) nesta segunda-feira, 17/4. Atual ocupante da cadeira de número 25, Brandão terá como vice a acadêmica Antonieta Cunha, atual ocupante da cadeira de número 9. Foram eleitos ainda o Secretário Geral J. D. Vital, que ocupa a cadeira número 10, e o Tesoureiro Luís Ângelo da Silva Giffoni, atual ocupante da cadeira número 33.  Para o Conselho Fiscal foram eleitos Antenor Madeira Pimenta, José Fernandes Filho e Patrus Ananias de Souza. O Conselho Editorial contará com Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Manoel Hygino dos Santos e Rogério de Vasconcelos Faria Tavares e compondo o Conselho de Acervo estarão Amílcar Vianna Martins Filho, Caio César Boschi e Wander Melo Miranda.

O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, parabenizou o acadêmico eleito e destacou que a liderança de Jacyntho Lins Brandão contribuirá - e muito - para que a Academia Mineira de Letras continue a desempenhar papel relevante no universo literário. “Tenho certeza de que a dedicação, a vasta experiência e o comprometimento do presidente eleito com a Academia fomentarão o diálogo interdisciplinar entre as áreas da ciência, arte e humanidades e elevarão a cultura e os saberes mineiros”, afirmou Luiz Carlos Rezende.

Luiz Carlos Rezende e Santos agradeceu ao atual presidente da AML, jornalista Rogério Tavares, pelo trabalho desenvolvido à frente da instituição, quando mostrou compromisso incansável com a promoção da literatura mineira. “A liderança de Rogério Tavares foi fundamental para concretização de importantes projetos que enriquecem o cenário literário no Estado de Minas Gerais, contribuindo para a preservação da nossa herança cultural. Como amante da literatura mineira, sou grato pelo legado que deixa para a Academia e para o Estado. Em nome da Magistratura mineira, parabenizo o atual presidente por toda sua dedicação”, disse o presidente da Amagis.

O atual presidente da Academia, jornalista Rogério Faria Tavares, destacou que “a eleição de Jacyntho Lins Brandão é um presente para a Academia Mineira de Letras. Intelectual reconhecido, respeitado e admirado no Brasil e no exterior, Jacyntho Lins Brandão fará uma gestão à altura de sua trajetória – tanto como intelectual quanto como gestor. Ex-vice-reitor da UFMG, fundador e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos, Jacyntho Lins Brandão é homem de pensamento e, ao mesmo tempo, homem de ação, o que é muito raro. A Academia terá, no seu comando nos próximos anos, uma grande personalidade da cultura de Minas e do Brasil”.

O novo presidente expressou sua expectativa em relação ao mandato: “Fico grato aos demais acadêmicos que nos confiaram a condução da Academia nos próximos dois anos. Posso dizer que é uma tarefa difícil substituir a direção que encerra seu mandato, em especial o dinamismo do atual presidente, Rogério Faria Tavares. Mas, considerando justamente o excelente momento por que passa a Academia, com tantos projetos relevantes e grande abertura para a sociedade, posso dizer que o bom caminho fica indicado, nossa intenção sendo prosseguir por ele. Na companhia dos que assumem comigo a diretoria, María Antonieta Cunha, J. D. Vital e Luís Giffoni, espero responder à confiança em nós depositada”.

Trajetória

Jacyntho Lins Brandão nasceu em Rio Espera (MG). Graduado em Letras pela UFMG e Doutor em Letras Clássicas pela USP, é professor emérito de Língua e Literatura Grega da Faculdade de Letras da UFMG, onde também já atuou como vice-reitor e ex-diretor. É sócio fundador e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Escreveu diversos livros, entre eles, “A poética do hipocentauro: literatura, sociedade e discurso ficcional em Luciano de Samósata” (Ed. UFMG, 2001); “A invenção do romance” (Ed. UnB, 2005); “Luciano de Samósata: como se deve escrever a história” (Ed. Tessitura, 2009); “Antiga Musa: arqueologia da ficção” (Editora Relicário, 2015); e “Em nome da (in)diferença: o mito grego e os apologistas cristãos do segundo século” (Ed. Unicamp, 2014); “Ele que o abismo viu: Epopeia de Gilgámesh” (Ed. Autêntica, 2021); Mais (Um) nada (Ed. Quixote + Do, 2020); “Epopeia da criação”,  transposto do acádio (Autêntica, 2022);  Harsíese (Patuá, 2023).