A turma da magistratura de 1979 completa este ano 46 anos de ingresso no curso da Ejef - Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes. A presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, parabeniza os integrantes da turma pela trajetória marcada por comprometimento, dedicação e aprimoramento da magistratura, buscando sempre responder aos anseios dos jurisdicionados e da sociedade. 

Um dos integrantes da turma, o desembargador José Geraldo Saldanha da Fonseca enviou uma mensagem aos colegas para celebrar a data. 

Faço parte da primeira turma do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, composta pelos juízes aprovados no concurso para ingresso na magistratura mineira realizado entre 1978 e 1979, com nomeações a partir do mês julho de 79.

À Escola Judicial Des. Edésio Fernandes – EJEF, criada em 1977 por iniciativa de um grupo de magistrados, coube a relevante missão de organizar e desenvolver as atividades desse curso pioneiro. Entre os fundadores, além do patrono Des. Edésio Fernandes, destacaram-se o Des. Régulo da Cunha Peixoto, os então juízes Sérgio Lellis Santiago e Sálvio de Figueiredo Teixeira, bem como os servidores Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza e Lakowsky Dolga.

O curso inaugural teve a duração de cinco dias e foi estruturado em palestras destinadas a aproximar os recém-aprovados dos magistrados e servidores mais experientes, transmitindo-lhes conhecimentos e vivências da carreira, até então, em grande parte, desconhecidos dos iniciantes. Desde então, os cursos de formação passaram por sucessivas transformações, sempre voltados ao aperfeiçoamento pedagógico e à incorporação de avanços culturais e tecnológicos, alcançando, nos dias atuais, a duração de seis meses.

Superada essa primeira etapa, seguimos nossos caminhos na magistratura, ao mesmo tempo em que participávamos dos cursos de aperfeiçoamento promovidos pela EJEF, que contribuíram não apenas para a atualização jurídica, mas também para proporcionar maior entrosamento entre os magistrados. É justo reconhecer a atuação fundamental da Associação dos Magistrados Mineiros – AMAGIS, tanto na defesa dos interesses da classe quanto na promoção do congraçamento entre seus membros.

Em meu caso, fui designado para a comarca de Jaboticatubas, em maio de 1980. Ali, com a natural ansiedade do início da carreira, pude contar com a colaboração de servidores experientes, que me auxiliaram nas rotinas forenses e na administração do edifício do fórum. Posteriormente, atuei em Piumhi e Campo Belo, já em estruturas mais organizadas, onde aprendi, em especial, durante as correições anuais, a importância do trabalho conjunto com titulares de cartórios judiciais e extrajudiciais.

Acompanhei, ao longo da carreira, um período de intensa modernização da Justiça mineira. Inquieto e sempre em busca de maior eficiência, passei da máquina de escrever mecânica para a elétrica IBM e, mais tarde, para os primeiros computadores pessoais. Promovido à Capital, em 1989, assumi a 19ª Vara Cível, com um acervo de cerca de 10 mil processos. A necessidade de dar vazão a esse volume me levou a adotar soluções tecnológicas, como o uso de computadores em gabinete e em audiência — iniciativa que, à época, era vista com reservas. Com o apoio do então presidente da AMAGIS, Des. Reinaldo Ximenes Carneiro, tive a oportunidade de divulgar essa experiência em diversas comarcas do interior.

Em 2001, fui promovido ao Tribunal de Alçada e, em 2005, ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na Segunda Instância, tive contato com o Siscon, ferramenta que auxiliava no acompanhamento da movimentação processual, e, posteriormente, com o Themis, sistema precursor do processo eletrônico no Judiciário mineiro, cuja evolução acompanhei mais de perto quando estive na Corregedoria-Geral de Justiça. Hoje, o TJMG dá mais um passo, com a implantação do EPROC.

Por fim, registro que, nos 35 anos dedicados ao Poder Judiciário, vivi momentos de grande satisfação, aprendizado e realização pessoal e profissional, testemunhando o notável avanço cultural e tecnológico do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Valho-me da oportunidade para cumprimentar todos os colegas magistrados da Turma de 1979, que acredito comporem a velha guarda da magistratura mineira.

Veja os integrantes da turma:

Adair Sebastião Alves
Antônio de Paula Oliveira
Armando Senna de Carvalho
Atabalipa José Pereira Filho
Ataíde Xavier da Silva
Belisário Antônio de Lacerda
Bráulio Stivanin
Caetano Levi Lopes
Cantídio Dias de Freitas
Carlos Soares Diniz Lara
Cyro Marcos da Silva       
Danilo Alves da Costa
Délcio de Oliveira Fernandes
Eber Carvalho de Melo
Fábio de Carvalho Brandão
Flávio André Gonçalves Dovizo
Geraldo Dácio de Souza
Geraldo José Duarte de Paula
Geraldo Viggiano Fernandes
Gothardo Soares Ferreira
Jayme Zattar Filho
Jorge Franklin Alves Felipe
José Aluísio Neves da Silva
José Amâncio de Souza Filho
José de Oliveira Fonseca
José Faffaelli Santini
José Geraldo Braga da Rocha
José Geraldo Saldanha da Fonseca
José Marcos Rodrigues Vieira
Josué Ribeiro de Souza    
Lucílio Maciel Leite
Luiz Audebert Delage Filho
Márcio Gabriel Diniz
Mário Lúcio Pereira
Mauro Sérgio de Souza Schettino
Maria das Graças Silva Albergaria dos Santos Costa
Oldyr Mazocoli
Paulo Roberto Miro da Silva
Ricardo Rezende Vilella
Rogério Fernal
Silvério Carvalho Nunes
Sônia Diniz Viana
Valdez Leite Machado
Wagner de Abreu Mendes
Wander Paulo Marotta Moreira

A Amagis está compilando todas as turmas da Magistratura mineira. Ajude-nos a eternizar esse registro tão importante.

Caso tenha mais informações sobre as turmas, especialmente fotos, datas de posse e lista de integrantes, entre em contato conosco pelo e-mail imprensa@amagis.com.br

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