O pintor e escritor Oscar Araripe doou, na manhã desta quinta-feira, 21, o quadro “Tiradentes, o Animoso Alferes” para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que ficará exposto no saguão de entrada do Tribunal. O evento, que teve a presença do presidente da Amagis, desembargador Maurício Soares e de outros magistrados, contou ainda com a apresentação musical da Orquestra Jovem do TJMG, durante o programa Intervalo Cultural.

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O presidente do TJMG, desembargador Herbert Carneiro, em nome do Judiciário do Estado de Minas Gerais e da sociedade mineira, agradeceu ao artista pela doação da obra, e destacou que o sentido central da obra, é a liberdade. “Afinal, ‘Pedra miúda não vale: liberdade é pedra grada’, como se cantou no Romanceiro.”, observou o presidente do TJMG, também fazendo referência ao livro “Romanceiro da Inconfidência”, da poeta Cecília Meireles, que inspirou o artista na produção da obra.

Oscar Araripe

Formado em 1968 na Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, o multiartista Oscar Araripe Ferreira (Rio de Janeiro, 1941) desenvolveu trabalhos como escritor, tradutor, crítico de teatro, jornalista e pintor. Entre os temas explorados em sua carreira nas artes plásticas, tem destaque a história e o exuberante cenário natural do Brasil e episódios e figuras da tradição mineira.

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Sobre a obra

“Tiradentes, o Animoso Alferes” (1992) é uma acrílica sobre tela sintética de 3x3m, baseada no poema épico "Romanceiro da Inconfidência", de Cecília Meireles. A peça doada ao TJMG é uma versão de um quadro que está na Faculdade Nacional de Direito. A obra já foi exposta nos Museus da Inconfidência, em Ouro Preto, e da República, no Rio de Janeiro, entre outros locais.

Araripe conta que o chamado “mártir da Inconfidência Mineira” o impressiona desde 1966, quando ele visitou Ouro Preto. Para o pintor, Joaquim José da Silva Xavier, morto aos 45 anos, é uma espécie de anjo tutelar do estado em que nasceu. “Tiradentes é um símbolo da justiça, e sua imagem, em pleno Tribunal mineiro, absolve com glória uma figura que sofreu perseguição e violência”, afirmou.