Durante dois dias, assessores de comunicação de Tribunais e Associações de magistrados debateram os principais temas ligados à comunicação das entidades no III Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O gerente de comunicação da Amagis, Bruno Gontijo, participou do encontro, que aconteceu em Brasília, entre nos dias 5 e 6 de dezembro.  

Na abertura do evento, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, destacou o papel fundamental da comunicação na relação com a sociedade. “Temos de nos comunicar mais e melhor, interna e externamente. Essa é a principal missão dos encontros de comunicação: pensar como assumir a posição de conhecer melhor a nós mesmos e não mais replicarmos o senso comum”, afirmou o ministro.





Para o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, o momento pelo qual passa o país requer ainda mais atenção ao tema da comunicação. “Sabemos que o Poder Judiciário está cada vez mais sobrecarregado de demandas e processos e isso repercute na imprensa, principalmente nas redes sociais, o que requer enorme cuidado das assessorias de comunicação social dos órgãos da Justiça, ainda mais nesse momento que o Brasil enfrenta uma batalha contra as chamadas fake news”, disse o ministro Noronha.

Uma das medidas já implementadas no encontro foi a  edição de uma portaria que atualiza a composição e as atribuições do Comitê de Comunicação Social do Poder Judiciário. O ato foi formalizado pelo ministro Dias Toffoli durante a abertura do evento.

Além disso, foi lançada a Plataforma de Comunicação Integrada do Poder Judiciário criada pelo CNJ. O sistema permitirá o compartilhamento de ideias, projetos, ações, matérias, imagens, vídeos e todo tipo de informação relevante para a comunicação do Judiciário. “A proposta é otimizar o trabalho dos comunicadores dos tribunais dos cinco ramos de Justiça com uma ferramenta que seja, ao mesmo tempo ágil, colaborativa e com baixo custo”, afirmou Farhat.





Avaliação

O cientista político Antônio Lavareda participou do encontro e apresentou os resultados do Estudo sobre a Imagem do Poder Judiciário Brasileiro, encomendado pela AMB e realizado pela FGV-Rio. O Judiciário é o poder mais bem avaliado pelos brasileiros de acordo com o estudo. 33% dos brasileiros consideraram que o Judiciário é o poder da República que melhor cumpre o seu papel institucional. Além disso, dos entrevistados, 47% disseram que o Judiciário contribui para a manutenção, consolidação e aprimoramento da democracia. “Há uma percepção clara de que o Poder Judiciário é importante para a democracia, essencial para o regime democrático”, avaliou o acadêmico. Ele destacou também um outro dado que avalia a satisfação da sociedade com os serviços judiciários. Conforme o estudo, 71% da sociedade está satisfeita com o funcionamento geral da Justiça e do tribunal; 69% está satisfeita com o comportamento dos juízes; 64% satisfeita com a imparcialidade na análise e julgamento dos casos; e 64% com a solução dos casos.

 

 

Fotos: Gil Ferreira/Agência CNJ