A Amagis se une às entidades de classe para repudiar a intensa campanha de má-fé e de desconstrução contra os magistrados à qual setores da Imprensa acabaram por aderir. Por razões ainda não reveladas, elegeram, como a “bola da vez”, a Magistratura, que jamais desviou recursos públicos ou recebeu propina, e seus direitos e garantias, que são previstos em lei e na Constituição cidadã.
Assim como a Carta Magna, as leis que garantiram benefícios na carreira foram resultados de iniciativa legítima e debatidas sob a ótica da democracia e da legalidade, por meio dos Legislativos estaduais e nacional. Quanto às verbas de cunho indenizatório, o tratamento é o mesmo dado a todos os brasileiros, sejam da área pública ou privada.
Respeitamos a função crítica e informativa da Imprensa, até porque, há nela, uma nítida convergência com o Judiciário. Imprensa e Judiciário, por suas atribuições, são a principal trincheira do cidadão em defesa de seus direitos à saúde, educação, liberdade de expressão, a governos comprometidos com as leis e a sociedade e ao maior bem jurídico, que é a vida.
Essa clareza é fundamental para que respeito e atuação legítima não sejam confundidos com interesses escusos no momento em que o Poder Judiciário exerce um protagonismo histórico no combate à corrupção.
Belo Horizonte, 13 de fevereiro de 2018
Desembargador Maurício Soares
Presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis)