Tiago Parrela
Enviado especial
IPATINGA - A diretoria da Amagis realizou, na tarde desta segunda-feira (20), no Fórum de Ipatinga, no Vale do Aço, um ato de desagravo contra os ataques feitos à independência e ao trabalho dedicado, responsável e isento dos magistrados desta comarca em favor da justiça cidadã, especialmente à a atuação séria e devotada do juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Ipatinga. Ele foi vítima de insinuações caluniosoas do deputado estadual Durval Ângelo.
Além do presidente da Amagis, Herbert Carneiro, e do vice-presidente Sociocultural-Esportivo da Amagis, desembargador Tiago Pinto, estiveram presentes representantes da OAB, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícias Civil e Militar, o vice-prefeito de Ipatinga e magistrados da comarca e região, que fizeram suas manifestações de apoio ao juiz.
“Os magistrados de Ipatinga e região, o Poder Judiciário como um todo estão empenhados e dispostos a combater, diuturnamente e sem medo, o crime organizado e a punir exemplarmente os responsáveis. Entretanto, é decisivo um trabalho harmonioso para esclarecer os fatos à luz da Constituição e das leis, para alcançar os resultados que garantam a ordem social”, defendeu o presidente da Amagis, Herbert Carneiro, ao reafirmar que a Justiça Penal de Ipatinga é séria e nunca fez concessões a policiais envolvidos no crime.
Herbert Carneiro leu ainda uma nota, em nome da Amagis, reafirmando que o juiz Antônio Calaes manteve-se firme em sua missão e vocação, convencido de que a força do Judiciário está na independência de cada magistrado e que é fundamental dar sua contribuição no combate à criminalidade. “Defender o cidadão e os direitos humanos é respeitar o constitucional direito à defesa e o respeito às leis para que outras injustiças não sejam cometidas em nome das anteriores”, disse o presidente, afirmando que o Poder Judiciário atua à luz da Constituição e não vive de palanques.
O promotor de Justiça Bruno Schiavo leu uma nota em nome do Ministério Público, registrando o apoio e a admiração ao juiz Antônio Calaes, e disse que eventuais divergências processuais nunca foram suficientes para afastar a admiração e o respeito dos promotores de Justiça criminais desta comarca para com o compromisso com que o zeloso magistrado desempenha sua função nesta comarca.
O defensor público José Geraldo Júnior, em nome da Defensoria Pública, disse que o magistrado desempenha suas funções sempre com ética e moralidade e que é uma honra tê-lo na comarca. O advogado Eduardo Figueiras Rocha transmitiu o apoio da OAB ao magistrado e disse que a sociedade deve ficar tranqüila de ter um juiz como Calaes na comarca.
O vice-prefeito de Ipatinga, Coronel Ramalho, representando a prefeita Cecília Ferramenta, disse que as declarações feitas contra o magistrado não condizem com o que o Poder Público municipal pensa do magistrado e que elas partiram de quem não conhece a realidade da comarca. A delegada regional da Polícia Civil, Irene Angélica, disse que esse tipo de acusação ao magistrado enfraquece as instituições e que elas só fornecem munição à criminalidade.
O coronel Bueno, comandante regional da PM, disse ter total confiança no Poder Judiciário, pois desta forma preserva-se o Estado Democrático de Direito. O diretor do Foro, juiz Fábio Torres, disse que a magistratura de Ipatinga se sente honrada em ter o juiz Antônio Calaes na comarca e que as palavras ditas contra ele demonstram o desconhecimento com a realidade local. O diretor da Amagis em Ipatinga, Mauro Simonassi, foi solidário ao magistrado e disse que as acusações foram uma injustiça e uma inverdade contra o juiz.