A Federação Latino-americana de Magistrados (FLAM), em parceria com o Centro de Pesquisas Judiciais da AMB (CPJ/AMB) e com o Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (IPESPE), está realizando uma pesquisa internacional que irá delinear o perfil de juízes e desembargadores em toda a América Latina. A proposta é descobrir quais os desafios e as condições em que trabalham esses profissionais.
A pesquisa iniciou nos países latinos no início deste mês. No total serão ouvidos, por meio de questionário virtual, magistrados dos 17 países membros da FLAM, totalizando um universo de cerca de 30 mil juízes e juízas. O ponto focal da pesquisa será a independência judicial. O interesse é compreender como funciona o judiciário em cada país, levantando informações sobre a realidade de cada qual. O levantamento buscará também identificar situações que possam exigir atenção, como, por exemplo, a segurança pessoal e a saúde de magistrados e magistradas, além de temas como a questão de gênero, raça, entre outros.
“Essa pesquisa a ser realizada pela Federação Latino-americana de Magistrados, com o apoio da AMB, será fundamental para que possamos conhecer, com mais profundidade, o perfil dos/as juízes/as latino-americanos/as e como eles/as avaliam o funcionamento do Poder Judiciário em seus países, permitindo assim identificar eventuais situações que representem riscos à independência judicial”, afirmou o desembargador Walter Barone, presidente da FLAM.
O questionário para a aplicação da pesquisa é virtual. Ele tem aproximadamente 20 minutos de tempo de resposta. O resultado da pesquisa deverá ser divulgado na segunda quinzena de junho. O prazo para participar se encerra no dia 26 de abril.
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Quem somos
Em 2018, a AMB, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizou a pesquisa: “Quem somos – A magistratura que queremos”, que traçou o perfil da magistratura brasileira. O trabalho foi conduzido pelos professores Luiz Werneck Vianna, Maria Alice Rezende de Carvalho e Marcelo Baumann Burgos, com a coordenação da Comissão Científica da Associação a cargo do ministro do STJ Luis Felipe Salomão, e contou com quase quatro mil respostas, entre juízes ativos e inativos.
Fonte: AMB