O presidente da AMB, João Ricardo Costa, recebeu na manhã desta terça-feira (28) representantes da Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, e da Secretaria de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, para discutir uma possível parceria com a instituição de ensino americana. Por meio do acordo, a universidade poderá oferecer vagas em cursos de mestrado na área de Direito para magistrados associados à AMB.
A proposta de parceria foi apresentada pelos professores Aviva Abramovsky, uma das coordenadoras do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da Universidade de Syracuse, e Antônio Gidi, que ministra aulas de Processo Civil na instituição. A universidade está entre as 60 melhores dos Estados Unidos. “O nosso objetivo é atrair pessoas de qualidade, mais brasileiros, e que eles também possam se beneficiar com essa parceria”, disse Gidi.
A Universidade de Syracuse sedia o Instituto sobre Judiciário, Política e Mídia (IJPM), que patrocina palestras, conferências, simpósios e envolve debates entre estudiosos, políticos, juízes e jornalistas. Já o Instituto de Segurança Nacional e Luta Antiterrorismo (INSCT) da instituição oferece pós-graduação na área.
João Ricardo Costa ressaltou, durante a reunião, que os convênios com universidades para capacitação e especialização de magistrados são firmados por meio da Escola Nacional da Magistratura (ENM), da AMB. A proposta que será analisada pela entidade pode oferecer cursos de mestrado com descontos de 50% para os juízes na universidade americana.
No decorrer da reunião, João Ricardo Costa falou sobre o funcionamento do Judiciário brasileiro e sobre as propostas da AMB para melhorar a prestação jurisdicional, como a pesquisa que a entidade está promovendo para saber quem são os maiores litigantes do país. “A ideia é identificar as empresas e os tipos de práticas comerciais que ensejam na violação dos direitos dos consumidores”, destacou.
A professora Aviva Abramovsky ficou impressionada com o número de processos em tramitação no Judiciário brasileiro – quase 100 milhões. Disse que, nos Estados Unidos, diferentemente do que ocorre no Brasil, quase a totalidade dos juízes é escolhida por meio de eleição. “Alguns juízes não são nem advogados. Isso ocorre nas cidades menores”, ressaltou. Os assessores da Secretaria de Reforma do Judiciário Thiago Battagini e Alice Gomes Carvalho também participaram da reunião.
Fonte: AMB