A AMB participou nesta terça-feira (12), em Brasília, do lançamento de campanha contra o caixa 2 nas eleições municipais deste ano, organizada pela OAB Nacional, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O juiz Márlon Reis representou a associação no evento.
“Hoje nós estamos aqui para apresentar à sociedade brasileira uma grande conclamação, para que as pessoas e organizações sociais descruzem os braços de uma vez por todas sobre o tema do caixa 2. O MCCE, do qual a AMB é uma das fundadoras, está organizado em mais de 300 comitês e todos eles receberão esta missão”, afirmou o magistrado.
Serão criados comitês em todo o país para receber denúncias de cidadãos que suspeitam do recebimento de doações não-declaradas de campanha nas eleições de 2016. A partir deste ano, os candidatos não poderão mais receber doações de empresas.
Márlon Reis revela que agora qualquer cidadão poderá acompanhar de forma transparente a campanha de seu candidato. “Neste ano há uma ferramenta para que as pessoas identifiquem o caixa-dois nas campanhas. Os candidatos serão obrigados a revelar, em até 72 horas, cada valor arrecadado. Então haverá na internet, no site do Tribunal Superior Eleitoral, o valor que cada candidato disse que arrecadou, sendo possível comparar com a campanha real que ele está fazendo”, disse.
Para o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, o objetivo é fazer com que a sociedade tenha consciência de que não pode votar em candidatos que realizam campanhas incompatíveis com os recursos arrecadados. “Vamos transformar cada subseção da OAB, cada paróquia e cada sede das entidades que participarem do movimento, inclusive do MCCE, em comitês de combate ao caixa 2 eleitoral”, diz.
As entidades também atuarão para que o Congresso vote o projeto de lei que criminaliza o caixa 2 nas eleições.
Fonte: AMB