O que é bom para o Brasil, pode ser bom para os Estados Unidos. Para 60% dos americanos, as sessões da Suprema Corte dos Estados Unidos deveriam ser transmitidas pela televisão, o que seria um avanço na democracia. A experiência de levar ao público os debates da mais alta corte do país, que já é prática no Brasil desde 2002, é defendida em editorial pelo New York Times, o mais prestigioso jornal daquele país.
No editorial, é lembrado que desde 1988, o canal C-Span vem insistindo com a Suprema Corte para transmitir seus debates. O canal costuma transmitir discussões do Congresso e as entrevistas coletivas concedidas pelos ocupantes da Casa Branca. Mas, na Suprema Corte, só teve sucesso em pedidos específicos e de maneira relativa. Em 2000, obteve as fitas de áudio da sessão em que foi julgada a ação contestando a vitória de George Bush sobre Al Gore nas eleições presidenciais. Em 2003 obteve apenas o áudio das discussões sobre a adoção de políticas afirmativas na Universidade de Michigan.
Segundo o Times, “as câmeras na corte permitiriam aos americanos ver com seus próprios olhos, como funciona uma parte extremamente poderosa de seu governo. Permitiria também que os eleitores avaliassem a qualidade dos ministros que o presidente da República nomeia”.
O jornal, constata e lamenta, no entanto, que a tendência entre os integrantes da corte é muito mais pelo fechamento do que pela abertura das sessões. E lembra que em decisão recente, eles proibiram a colocação no YouTube das gravações do julgamento por uma corte inferior de uma ação questionando o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Fonte: Consultor Jurídico