O Programa Novos Rumos acaba de lançar um vídeo sobre a Associação de Proteção e Assitência aos Condenados (Apac). O vídeo será apresentado hoje, 11, pelo coordenador executivo do Novos Rumos, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, em Brasília, durante encontro com a Delegação da União Europeia no Brasil.
O vídeo foi exibido na semana passada ao presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, e também no VII Congresso Nacional das Apacs, realizado em Santa Luzia, no último mês de julho.
Para o presidente Joaquim Herculano Rodrigues, “o vídeo da Apac é emocionante. Mostra que não há limites para a fé e a boa vontade. Esta e todas as outras iniciativas para divulgar o método Apac são essenciais para que a prática seja, cada vez mais, conhecida e reconhecida. A disseminação é fundamental também para que haja mais adeptos desse método, que é capaz de humanizar o cumprimento da pena e de lançar novas luzes sobre esse tema complexo que perpassa toda a história da humanidade”.
O vídeo, produzido pela Matilde Filme, empresa ganhadora da licitação realizada pelo Tribunal de Justiça, foi supervisionado pela coordenação do Programa Novos Rumos e sua equipe, tendo como responsável pelo projeto a jornalista Goretti Paiva.
Segundo o juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, “o diferencial desse vídeo é que foram priorizadas informações técnicas sem contextualizar especificamente alguma Apac. Procuramos não privilegiar esta ou aquela Apac, mas mostrar o que é feito do norte ao sul de Minas”.
Sensibilização
O vídeo foi enviado para os juízes de execução penal das comarcas onde existem Apacs em funcionamento e também para as Apacs. Será usado como material de suporte para a divulgação do Método Apac nas audiências públicas realizadas para sensibilização da comunidade, nos seminários de formação de voluntários das Apacs e em outros eventos do Tribunal.
O fio condutor para o processo de produção do vídeo foi a linguagem documental, mas de maneira humanizada, dinâmica, capaz de prender a atenção do espectador e sensibilizá-lo com o tema proposto, conta a jornalista Goretti Paiva. “Optamos por fazer um vídeo atemporal, que mostrasse o funcionamento de uma Apac, sem se fixar nominalmente em cada um dos 12 elementos que compõem o método. Um documentário atende bem a esse objetivo, pois mostramos a rotina dos
recuperandos em um vídeo cujos protagonistas são aqueles mesmos que vivem o cotidiano de desafios, limitações e superações de uma Apac”, afirma.
“Se olharmos para os últimos dez anos, a história das Apacs em Minas tem as marcas de mãos, cabeças, empenho e dedicação de muitos, em especial dos magistrados, a começar pelo Dr. Paulo Antônio, que lançou a semente em Itaúna, passando pelo presidente Gudesteu Biber, que acreditou na ideia, e tantos outros que têm abraçado a causa com paixão”, destaca o desembargador Joaquim Alves de Andrade, que coordena o Novos Rumos desde seu início. “A todos os que têm parte com essa história de luta e persistência queremos dedicar esse vídeo.”
Fonte: TJMG