O ex-presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, e a educadora Tânia Mara, vice-presidente da Fundação Pitágoras, foram homenageados nesta sexta-feira, 4 de abril, pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Belo Horizonte (Apac-BH) com a Medalha Mário Ottoboni.
O juiz Daniel Dourado representou a presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, na cerimônia, que contou com a presença da diretora-geral da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), Tatiana Faria; do fundador da Apac Itaúna e atual diretor-executivo da FBAC, Valdeci Ferreira; da presidente da Apac Feminina de BH, Geralda Cupertino; e do diretor da FBAC, Roberto Donizete de Carvalho.
Ao abrir a solenidade, a presidente da Apac-BH, Geralda Cupertino, destacou a alegria em homenagear os dois agraciados. “Luiz Carlos e Tânia Mara são duas pessoas de grande valor para nossa instituição. Quero agradecer a ambos por tudo que fizeram, fazem e ainda farão pela nossa Apac”, afirmou.
Representando a Amagis, o juiz Daniel Dourado destacou a justiça da homenagem e o papel essencial de Luiz Carlos na construção da unidade da Apac feminina em Belo Horizonte. “Nosso ex-presidente Luiz Carlos Rezende e Santos e a educadora Tânia Mara são figuras fundamentais para o fortalecimento das Apacs. Hoje, a Apac-BH é referência em todo o País graças ao trabalho incansável dos homenageados e de tantos outros que semearam esse caminho”, afirmou.
A diretora-geral da FBAC, Tatiana Faria, ressaltou o protagonismo dos homenageados na história das Apacs. “Luiz Carlos esteve conosco nos momentos mais importantes e tomou muitas ‘flechadas’ para que vocês pudessem ter a chance de construir uma vida nova”, disse, dirigindo-se às recuperandas presentes. Sobre Tânia Mara, Faria destacou sua contribuição para a educação e profissionalização dentro das Apacs. “Ela trouxe a educação como ferramenta de libertação do ser humano”, completou.
O diretor-executivo da FBAC, Valdeci Ferreira, lembrou a história do patrono da Medalha, Mário Ottoboni, e parabenizou os homenageados. “Luiz Carlos levou consigo o sonho de Ottoboni desde que conheceu o método Apac, tornando-se um verdadeiro discípulo. Tânia Mara foi responsável pelo divisor de águas da educação nas Apacs, possibilitando a dezenas de recuperandos e recuperandas a conquista do diploma universitário”, destacou.
Gratidão e reconhecimento
Emocionado, o juiz Luiz Carlos Rezende e Santos agradeceu pela homenagem ressaltando que a Medalha Mário Ottoboni é uma das mais valiosas em sua vida. O magistrado relembrou momentos importantes com cada um dos presentes na mesa de honra da solenidade e com o patrono da honraria.
“Hoje, ao escutar todas essas palavras, me vem à memória a força e a boa vontade de Mário Ottoboni em proporcionar vida melhor àqueles privados de liberdade. Mário enxergava nos olhos de cada uma de vocês aquilo que ele desejava: que vocês sejam dignas, que não se sintam mal, que sintam a vontade de superar o que estão passando, e que se sintam úteis, porque são. Hoje sou uma pessoa muito melhor porque Mário Ottoboni e toda sua equipe possibilitaram que eu tirasse a viseira da invisibilidade das pessoas em privação de liberdade. Me orgulho muito do que vejo nas Apacs, especialmente nesta unidade”, afirmou.
Tânia Mara também expressou gratidão pela honraria e lembrou da luta pela construção da unidade da Apac feminina em BH. Segundo ela, foi Luiz Carlos quem levou a ideia ao então prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, de construir ali uma Apac feminina. Tânia dedicou a homenagem à equipe da Fundação Pitágoras, “que trabalha para transformar vidas por meio da educação”.
Medalha Mário Ottoboni
A Medalha Mário Ottoboni é concedida a personalidades que contribuem significativamente para a expansão e fortalecimento do método Apac. Criado em 1972 pelo advogado Mário Ottoboni, o método busca a humanização do cumprimento de pena, promovendo a recuperação do preso, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da Justiça Restaurativa. Atualmente, o modelo Apac é reconhecido internacionalmente como uma abordagem eficaz e transformadora para o sistema prisional.
Solenidade contou com apresentação do coral formado por recuperandas da Apac-BH