A Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) da cidade mineira de Paracatu recebeu uma comitiva liderada pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Nupri/MPDFT). A visita faz parte de um conjunto de ações do MPDFT para concretizar a estruturação da Apac em Brasília. A Apac de Paracatu tem 20 anos e abriga cerca de 180 recuperandos.


“A nossa ideia é fomentar a implementação da Apac no DF, em parceria com a Vara de Execuções Penais (VEP). Queremos tornar possível e viável esse projeto, então convidamos representantes da sociedade civil que fazem trabalhos com presos e egressos objetivando futuras parcerias entre a Apac e associações. Um dos pilares dessa iniciativa é a participação da sociedade, da família e o trabalho voluntário”, disse a coordenadora do Nupri, promotora Vanessa Farias.


Na Apac de Paracatu, os reeducandos trabalham ao longo do dia e estudam à noite, em oficinas como serralheria, marcenaria, fabricação de pré-moldados, lava-jato, padaria, costura, arteterapia, impressão em camisetas e bordado. “Os serviços realizados dignificam os reeducandos e dão noção de responsabilidade a partir de novos ofícios. Eles abraçam a oportunidade. Às vezes, chegam ainda debilitados, seja fisicamente, emocionalmente ou psicologicamente, e lá são acolhidos, têm a dignidade restaurada”, pontuou Vanessa Farias.


O modelo Apac trabalha a recuperação e a reinserção social das pessoas que cumprem penas privativas de liberdade. Caracteriza-se pelo estabelecimento de uma rígida disciplina, baseada no respeito, na ordem, no trabalho e no envolvimento da família do recuperando, além de outros pilares que constituem as bases dessa metodologia.

 

Fonte: MPDFT