Inicialmente, a estratégia escolhida foi a utilização de macacos hidráulicos para erguer a estrutura e retirar o veículo de baixo do viaduto, sem sucesso. Com isso, os Bombeiros levaram um caminhão-pipa e máquinas para perfurar o asfalto, conseguindo após cerca de 6 horas, liberar o carro. Com isso, apenas dois caminhões ainda estão sob a pesada estrutura. Felizmente, ambos estavam vazios no momento da queda.
O coronel informou, ainda, que o viaduto que fica ao lado da estrutura que entrou em colapso será avaliada para verificar a possibilidade das obras prosseguirem conforme o cronograma e projeto. Defesa Civil e Bombeiros já notificaram a empresa responsável. Com relação ao viaduto caído, está sendo estudada a secção da estrutura, ou seja, o corte em partes para serem quebradas e removidas. Segundo Estevo a possibilidade de implosão não existe no momento.
O local será isolado para que possa ser realizada a perícia. Somente após a análise é que será tomada uma decisão definitiva. Ainda não previsão para a liberação da via.
O viaduto pesa 2.500 toneladas e tem 150 metros de extensão por 3 metros de espessura. Ele ficava situado a 5,5 metros do chão. São 70 homens e três máquinas trabalhando na operação de resgate. Segundo a militar, não há uma mobilização deste porte na corporação desde o grave acidente que matou 69 operários e feriu outros 100, no dia 4 de fevereiro de 1971, quando um pavilhão que estava em construção no Parque de Exposições da Gameleira desabou durante as obras.
Luto oficial
O prefeito Marcio Lacerda esteve na noite desta quinta-feira (3) no local onde um viaduto desabou em Belo Horizonte. Por causa do acidente que deixou dois mortos e 19 feridos ele decretou luto oficial de três dias. "Estamos identificando todas as vítimas e suas famílias para que elas tenham toda a assistência necessária", declarou.
O acidente
O desabamento ocorreu na altura do número 427, próximo à Lagoa do Nado. O veículo de passeio e os de carga foram completamente esmagados pelos escombros de quase 800 toneladas. Já o ônibus suplementar, da linha 70, ficou com a frente totalmente destruída. A condutora do coletivo, Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, morreu no local da tragédia.
Uma criança de apenas 5 anos, Maria Clara, filha da condutora, está entre as vítimas. Todos os feridos foram socorridos por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para o Hospital Risoleta Neves.
O viaduto será agora partido em blocos do local para retirada de carros e de possíveis vítimas que se encontram entre os escombros. A construção está inserida nos lotes de obras da avenida Pedro I, orçada ao custo de R$ 138,9 milhões, e faz parte do BRT/Move, o sistema de ônibus articulados com pista exclusiva.
Fonte: Hoje em Dia