Hoje em dia, são poucas as oportunidades de acordar com o espírito renovado, pronto e fortalecido para qualquer desafio, mesmo o mais adverso.
A Justiça Mineira do interior tem enfrentando há décadas muitas dificuldades e de espécies as mais variadas possíveis, enquanto que o Poder não conseguiu se desvencilhar delas nem encontrar solução eficaz para minimizá-las.
O foco do Poder ultimamente esteve voltado para as preocupações da metrópole, argumentando a necessidade da construção de sedes, compra de veículos funcionais modernos e manutenção de outras pequenas mordomias.
Enquanto isso, as comarcas do interior sangram em sacrifícios, enfrentando o cotidiano de falta de pessoal adequado para o desempenho de suas funções; poucos juízes para a enorme carga de serviços que aportam aos fóruns diariamente; falta de equipamentos e edifícios para a instalação adequada de seu pessoal e varas e vencimentos que já estão defasados.
Todavia, hoje, ouvindo matéria jornalística de uma difusora da capital, o Presidente do Tribunal de Justiça, a poucos dias no cargo, afirmou que, com a suspensão da construção da sede faraonica do TJMG, sobrariam mais de 400 milhões de reais para as obras do interior e parte para pagamento de pessoal.
Confirmou que o setor da Engenharia do Tribunal durante os próximos cinco anos esgotaria suas funções em prol de reformas e construções de sedes do interior.
A repórter, marota, indagou do Presidente se ele não corria o risco de seu sucessor pensar como o anterior, criticado pelo alto custo financeiro da obra, e fazer tocar a construção. A sua excelência, cauteloso e cônscio de seu tempo, afirmou que cada um deve viver o seu momento, não podendo criticar o pensamento do antecessor nem saber responder pela conduta do futuro.
Hoje lavei a minha alma! Posso dizer que estou em paz com as minhas angústias e tenho que contar a todos a boa nova!
O Presidente dá novas esperanças para os jurisdicionados do interior, que poderão, num futuro muito próximo, contar com a prestação jurisdicional mais condizente com suas necessidades.
Até então não havia aparecido ninguém que ouvisse o clamor da jurisdição do interior por mais atenção, carinho e até por mais amor. (A distribuição da Justiça é também ato de amor ao próximo – não queira estar parte de processo judicial!)
Com seu desprendimento e descortino, o Presidente Caipira lança um novo tempo sobre as comarcas do interior, anunciando que haverá um tempo de porvir, de riqueza e abundância para todos!