“Temos a primeira composição do CNJ a contar com quatro mulheres”, afirmou Barbosa durante a posse de oito conselheiros na tarde desta terça-feira. O CNJ conta com 15 integrantes, dos quais apenas quatro são mulheres.
“Em composições anteriores, o máximo de participação feminina neste CNJ limitou-se a duas conselheiras por vez”, constatou o presidente. “A inclusão de minorias insulares na cúpula do Poder Judiciário é motivo de júbilo e representa um avanço na ainda lenta, mas almejada igualdade entre homens e mulheres no âmbito das instâncias superiores do Judiciário”, completou.
Os novos integrantes do CNJ são: a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Ana Maria Duarte Amarante Brito, o JUIZ do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Saulo José Casali Bahia, o advogado Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira, o consultor legislativo do Senado Fabiano Augusto Martins Silveira, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Flavio Portinho Sirangelo, o JUIZ do trabalho Rubens Curado Silveira e a juíza titular da 2ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional de Santana do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Deborah Ciocci. Além deles, o promotor de Justiça Gilberto Martins, que concluiu mandato de dois anos como membro do CNJ, foi reconduzido e também tomou posse na mesma solenidade.
Na lista de empossados, havia apenas duas mulheres. O CNJ conta com outras duas: Maria Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Gisela Gondim Ramos, indicada pela OAB.
“Para promover uma sociedade cada vez mais justa, é necessário trilhar o caminho da igualdade para se extinguir a chamada hierarquização oficiosa na cúpula do Judiciário”, afirmou Barbosa. “Apesar de ser constituída por um grande contingente de juízas de 1ª instância, ainda são poucas as mulheres nas instâncias superiores da Justiça e até mesmo neste Conselho, devemos reconhecer”, continuou. “Hoje, no entanto, mais um passo está sendo dado contra as históricas barreiras que não permitem que mulheres, que são a maioria da nossa população, ascendam às posições de prestígio e poder do nosso país”, concluiu o ministro.
Fonte: Valor Econômico