Belo Horizonte é a terceira pior cidade do país em mobilidade urbana. As condições de trânsito e deslocamento na região ficam atrás apenas das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo.
O cenário foi divulgado nessa quarta-feira (21) pelo Observatório Urbano das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (Inct), que reuniu pesquisadores de diversas universidades para repercutir dados do Censo 2010.
Segundo o levantamento feito há quase três anos, para chegar até seus locais de trabalho, aproximadamente 24,2 milhões de pessoas se deslocam diariamente nas 15 metrópoles brasileiras. Destas, 6,8% levam o tempo de até cinco minutos no trajeto de casa para o trabalho e 39% gastam entre seis minutos e meia hora no mesmo trajeto. Ainda deste total de pessoas, outros 33% gastam entre meia hora e uma hora e, aproximadamente, 21% leva mais de uma hora no trajeto entre sua residência e seu local de trabalho.
Estudo recente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico (IPEA) mostra, ainda, que em todas as principais regiões metropolitanas brasileiras entre 1992 e 2009 ocorreu aumento no tempo médio de deslocamento de casa para o trabalho.
Segundo o estudo do Observatório Urbano das Metrópoles, há uma grande diferença entre as condições de mobilidade para quem mora dentro e fora das cidades metropolitanas. Isso por que, quem mora na Grande BH e precisa se deslocar para o centro da capital mineira, e vice-versa, pode ficar ainda mais tempo preso no trânsito. E o motivo é claro: distância e congestionamentos frequentes.
O Observatório Urbano das Metrópoles também pesquisou os níveis de Bem-Estar Urbano de Belo Horizonte, que concentra 34 municípios na região metropolitana. Segundo o estudo, o índice da região metropolitana fica abaixo da média nacional nas cidades analisadas, ocupando o 13º lugar, novamente atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo.
Esse índice é calculado com base nas condições de mobilidade urbana, como o tempo de deslocamento ao trabalho; condições de atendimento de serviço coletivo urbanos, como saneamento básico; condições de infraestrutura urbana, como a existência de iluminação e pavimentação; condições ambientais urbana, como presença de vegetação no entorno e condições habitacionais urbanas, como a quantidade de pessoas em cada casa.
O estudo completo você confere aqui.
Fonte: O Tempo