Por meio de ações coordenadas e a interação dos órgãos públicos, a criação de uma estratégia nacional de combate à violência doméstica poderá fortalecer o enfrentamento ao crime no Brasil, afirmou a presidente da AMB, Renata Gil, nesta segunda-feira (20), em live promovida pela juíza Maria Consentino, do 1º Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher de Belo Horizonte (MG).
A dirigente avaliou que não existe atualmente uma rede interinstitucional de governo trabalhando em conjunto e de forma sistemática, apesar dos dados alarmantes sobre feminicídio apontarem que o problema é de segurança pública. Renata Gil disse que a entidade enviou um ofício ao ministro da Justiça, André Mendonça, sugerindo a criação da estratégia.
Na opinião da juíza Maria Consentino, as novas tecnologias poderiam ser utilizadas para a criação de mecanismos de prevenção, como um sistema integrado, pois, pela ausência de um banco de dados nacional com os registros dos delitos, não é possível obter informações em tempo real de outros estados. Para a magistrada mineira, a Campanha Sinal Vermelho, promovida pela AMB em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é um “divisor de águas” em relação à temática, assim como foi a aprovação da Lei Maria da Penha.