O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, foi executado por fuzilamento no início da madrugada desta quarta-feira (29) na Indonésia –início da tarde de terça (28), no fuso do Brasil. A execução ocorreu na ilha de Nusakambangan, no interior indonésio.
Ele foi o segundo brasileiro a receber a pena capital no exterior em tempos de paz. Em janeiro deste ano, Marco Archer Cardoso Moreira, 53, também foi executado no país asiático.
O encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em Jacarta, Leonardo Monteiro, que acompanhou o fuzilamento na ilha ao lado da prima de Gularte, Angelita Muxfeldt, afirmou que foi uma série de disparos por volta da 0h30 (horário local).
A defesa do brasileiro afirmou na tarde desta terça (28) que a Indonésia nunca será capaz de redimir sua falha com relação aos direitos humanos e às pessoas com doenças mentais. O governo brasileiro definiu a morte de Gularte como um "fato grave" na relação entre Brasil e Indonésia.
Cerca de 300 pessoas, entre jornalistas indonésios e estrangeiros, e curiosos locais estavam diante do porto de Wijayapura, que dá acesso à ilha de Nusakambangan. Longe do local de execuções, era o mais próximo a que os jornalistas podiam chegar. Um grupo contra pena de morte protestou no local.
Um funcionário indonésio da embaixada brasileira em Jacarta e uma ativista de direitos humanos se afastaram dos jornalistas e num canto do porto ouviram um "bam". Uma única vez, sinal de que não foi necessário dar o tiro de misericórdia.
Fonte: Folha de S. Paulo