Como palco, o Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, local que já recebeu nomes consagrados como Chico Buarque, Milton Nascimento, Elis Regina, Caetano, Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, Miles Davis, Astor Piazzolla e os russos do balé Bolshoi.

No dia 12/12, aniversário de 128 anos da Capital mineira, nesse mesmo palco, brilharam as meninas e os meninos da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), durante a 12ª Edição da Cantata de Natal, evento que faz parte da agenda cultura da cidade.

Este ano, o espetáculo teve como tema “A festa da Luz. Celebre a esperança que une povos e corações”, com apresentação de uma narrativa poética e emocionante sobre a luz que transforma vidas e une culturas. O roteiro exibiu diferentes tradições natalinas ao redor do mundo, integrando os principais continentes do planeta por meio da música.

O sucesso da Cantata de Natal do TJMG podia ser visto pela plateia, que lotou o Grande Teatro do Palácio das Artes. Estavam presentes magistrados e magistradas, entre eles a presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, e o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Correa Junior, o 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Saulo Versiani, o coordenador do Programa de Formação Continuada da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do TJMG, desembargador Wagner Wilson Ferreira, além de servidores da Corte mineira, familiares dos jovens músicos e demais convidados.

 

No palco, mais de 300 integrantes protagonizaram um espetáculo de cores, que respeitou as tradições natalinas, interpretando músicas de diferentes partes do mundo, da Europa à África, da Ásia às Américas, comprovando que a mensagem de paz derruba fronteiras e vai além das diferenças de idiomas no planeta.

 

Sob o comando da coordenadora pedagógica e maestrina Luciene Villani, os jovens artistas interpretaram 12 famosas canções tradicionais: “Christimas Canon”, “Tu Scendi dalle Stelle”, “Amavolovolo”, “Mi Burrito Sabanero”, “Japanese Song”, “Feliz Navidad”, “Wizards in the Winter”, “Christmas Eve/Sarajevo”, “Borboleta Pequenina”, “Natal Verde Amarelo”, “Batuque Natalino” e a tradicional “Boas Festas”.

Consagração

Para o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, a realização da Cantata no Palácio das Artes, um dos mais icônicos palcos de teatro e música do País, representa a consagração de um projeto que une cultura e cidadania. “Foi um ano de muito trabalho e de muitas realizações, fechado com chave de ouro com esta bela apresentação da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do nosso tribunal. Para mim é uma grande alegria ver estas crianças e adolescentes se apresentarem no maior teatro da cidade, um dos maiores do país, onde se apresentaram outros grandes artistas de renome nacional e internacional”.

 

O coordenador desembargador Wagner Wilson Ferreira, não escondeu a emoção ao ver os jovens se apresentando em um dos mais importantes palcos do Brasil. “Confesso que não imaginava que o Programa tomaria uma proporção tão grande, a ponto de se apresentar no Palácio das Artes. Nosso principal objetivo não era de formar músicos, mas sim de formar cidadãos. Conseguimos muito mais, pois além de formarmos cidadãs e cidadãos que poderiam estar vivendo em abrigos ou nas ruas, em condições de vulnerabilidade, formamos grandes artistas que têm o privilégio de se apresentar em uma casa tão importante.”

História

Na plateia, Aparecida da Cunha, mãe de Breno Cipriano, violonista da Orquestra, falou sobre a Cantata, a 3ª com a participação do filho. “Foi uma festa maravilhosa, como nos anos anteriores. Um espetáculo com muitas cores, que sempre nos emociona, ainda mais quando temos um filho se apresentando em um local tão especial.”

Esse mesmo sentimento foi relatado por Felipe Rodrigues de Almeida, que estava na plateia para acompanhar a prima, Isabela Almeida, integrante do Coral. “Todos os anos, não consigo esconder a emoção em ver minha prima se apresentando. Os espetáculos realizados na Praça da Liberdade foram inesquecíveis, mas este ano, no Palácio das Artes, ficará na história.”

Palco especial

Dalva Pereira Soares, mãe de Laura Soares, integrante do Coral Infantojuvenil, estava na plateia ao lado de Ana Soares Lacerda, avó de Isadora e de Poliana. Mãe e avó destacaram a importância da apresentação no Palácio das Artes.

 

“É um espetáculo magnífico para um espectador comum. Imagina nós duas, que temos parentes próximos e queridos se apresentando nesta festa tão linda e marcante. Eu já choro de emoção em uma simples apresentação das minhas netas. Imagina aqui, na Cantata sendo realizada no Palácio das Artes”, salientou Ana Lacerda.

 

Aos 84 anos, Nancy de Souza estava ao lado da filha Ana Paula para ver o neto Davi, que toca viola na Orquestra Jovem. Há alguns anos, Davi foi diagnosticado como sendo do espetro autista, o que trouxe preocupação para a família.

“Procuramos o Tribunal, pois tínhamos a Orquestra como uma grande referência e poderia ajudar meu neto. O desenvolvimento dele foi surpreendente nos dois anos em que está no Programa. A emoção está aqui presente, mas também está presente a cada minuto em que podemos vê-lo evoluir tanto com a ajuda da música”, afirmou Nancy de Souza.

Transformação

Pela 1ª vez assistindo à Cantata de Natal do TJMG, Vicente e Margareth Lima, pais de Giovani e Graziela, se impressionaram com a organização do evento, classificado por eles como “impecável”.

“O Giovani toda viola e a Graziela, violino. Como é bonito ver a transformação que a música faz nas pessoas. É o que estamos vendo aqui, neste espetáculo inesquecível, em que as crianças e os adolescentes são os protagonistas. Eu sou um apaixonado pela música e tenho muito orgulho de ter transferido este sentimento aos meus filhos”, pontuou Vicente Lima.

(Fonte: TJMG / Fotos: Gláucia Rodrigues/TJMG)