A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) trará sua experiência na área de ressocialização dos presos e egressos do sistema carcerário para o Projeto Começar de Novo. Nesta quarta-feira (11), o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, e o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, se reuniram para discutir a participação da Conferência no projeto.

Segundo Dom Dimas, a CNBB auxiliará na divulgação do Projeto Começar de Novo por meio das Pastorais Carcerárias. Ele informou que a Conferência atua há muito tempo na ressocialização dos presos. Na avaliação do secretário-geral, a união de entidades, órgãos públicos e empresários pode ampliar significativamente o número de pessoas atendidas. “O Projeto Começar de Novo tem a vantagem de envolver empresários e o gestor público para que eles possam acreditar na ressocialização dos apenados”, disse.
Dom Dimas explicou que o trabalho de ressocialização desenvolvido pela CNBB envolve as famílias, os presos e os policiais. “É todo um trabalho de conjunto que precisa ser feito”, disse. O secretário falou também sobre os diversos problemas relacionados à ressocialização, como a separação das famílias, o abandono das presidiárias por seus companheiros e a falta de continuidade nas políticas públicas para o setor.

O coordenador nacional dos mutirões carcerários do CNJ, juiz Erivaldo Ribeiro dos Santos, afirmou que a parceria com a CNBB representa um grande avanço para o projeto. “O Começar de Novo fica cada vez menos do CNJ e mais da sociedade", com novas adesões, mencionou. De acordo com o magistrado, a experiência da Conferência vai contribuir para o aperfeiçoamento da iniciativa. “É uma parceria importante, pois a CNBB já tem um trabalho de longa data no sistema carcerário. Será um aprendizado e uma grande colaboração”, opinou.

O projeto Começar de Novo é uma campanha institucional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que visa a reinserção social de presos e egressos do sistema carcerário no mercado de trabalho. Conta com o apoio de diversas empresas, entidades, associações e tribunais brasileiros que, por meio de convênios e parcerias, disponibilizam vagas para os apenados.

Fonte: Agência CNJ de Notícias