Propostas para melhorar o serviço prestado pelo judiciário foram discutidas por representantes de sete tribunais estaduais, em reunião na manhã desta quarta-feira (21/6), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Juízes e servidores foram consultados pelo Conselho, ao longo de 2016, sobre melhorias nos serviços prestados ao cidadão. Agora, o conteúdo que reúne percepções colhidas pode ser solicitado ao CNJ pelos tribunais.

O grupo reunido hoje forma o projeto de Diagnóstico para Eficiência do Poder Judiciário. A iniciativa, idealizada pelo conselheiro Norberto Campelo em outubro de 2015, atende tribunais com baixo desempenho no relatório Justiça em Números daquele ano. Em viagens e contatos, acompanha-se a situação de TJAM, TJAL, TJBA, TJES, TJPI, TJRN e TJRR. Cinco deles são considerados de pequeno porte pelo Justiça em Números — as exceções são TJBA e TJES, médios.

"Vamos disponibilizar, nos próximos dias, as informações colhidas nas visitas", afirmou Campelo. Memória de reuniões com juízes e consolidado das respostas dos servidores a questionários estão entre os itens que podem ser solicitados pelos tribunais. "Os administradores podem avaliar e levar em conta nas tomadas de decisão", detalhou o conselheiro.

O material não identifica quem prestou as informações. "Os juízes puderam abrir o coração livremente, contar as dificuldades. Eles contaram, de forma franca, o que gostariam de ver modificado", disse Campelo.

Os estudos do CNJ contam com apoio de uma consultoria da Grã-Bretanha para “Melhoria da eficiência e do Desempenho do Judiciário Brasileiro”. Gerido pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), o projeto estuda inovações de gestão processual e de tribunais. O relatório trará boas práticas em áreas como organização de setores e desenvolvimento de competências.

No encontro de hoje, os participantes trocaram experiências sobre as iniciativas em curso, sobretudo para cumprir resoluções do conselho. "Todos têm conhecimento simultâneo do que cada um tem feito de bom. Isso estimula o diálogo dentro dos próprios tribunais, onde cada um deve ser sentir parte do processo", diz Campelo.

Gabriela Moreira, diretora técnica do DPJ, tirou dúvidas sobre o Selo Justiça em Números. E Márcia Tsuzuki, supervisora de Departamento de Monitoramento do Sistema Carcerário (DMF), explicou como aderir ao Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU). O próximo encontro do grupo deve ocorrer entre agosto e setembro.



Fonte: CNJ