O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) começa a organizar um curso de capacitação, na modalidade de Ensino a Distância (EAD), para os membros dos comitês gestores regionais dos tribunais que atuam na implementação da política de priorização do Primeiro Grau de Justiça. O curso deverá ser oferecido no segundo semestre pelo Conselho, que também deverá elaborar um manual, a ser distribuído para os membros dos comitês, que contenha a definição do fluxo de trabalho destes órgãos. As iniciativas foram definidas durante reunião do Comitê Gestor da Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição.

Gil Ferreira / CNJ

Instituída pelas Resoluções 194/2014 e 195/2014, a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau tem por objetivo fazer frente às dificuldades de funcionamento de varas, cartórios e outros órgãos da primeira instância, devido ao volume excessivo de ações para julgar e ao déficit de recursos materiais e humanos. Recentemente, o CNJ aprovou também a Resolução 219/2016, que dispõe sobre a distribuição e movimentação de servidores, de cargos de comissão e de funções de confiança nos órgãos de primeira e da segunda instâncias para garantir a eficiência operacional do Primeiro Grau.

Implementação efetiva - O curso de capacitação para os membros dos comitês regionais de priorização deverá abarcar temas como o funcionamento do orçamento dos tribunais, governança colaborativa e a aplicação prática das Resoluções do CNJ 194/2014, 195/2014 e 219/2016. O curso será proposto pelo Departamento de Gestão Estratégica (DGE) do CNJ e realizado pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud).

De acordo com o conselheiro do CNJ Bruno Ronchetti, que presidiu a reunião do Comitê Gestor da Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau, o curso tem o objetivo de orientar os membros do comitê para atuação efetiva no âmbito das resoluções do CNJ e no relacionamento com a alta administração do tribunal para que a política de priorização seja efetivamente implementada. “O curso deverá conferir um empoderamento aos membros do comitê para que eles possam cobrar dos tribunais a implementação da política de priorização”, disse o conselheiro Ronchetti.

Fluxo de trabalho – Outra decisão tomada pelos membros do Comitê Nacional foi a elaboração de um manual, a ser oferecido aos membros dos comitês regionais no segundo semestre, que contenha uma orientação em relação ao fluxo de trabalho dos comitês. O manual deve conter, por exemplo, um cronograma com as metas de trabalho, a periodicidade de encontros e reuniões, além de orientações para ampliar a transparência, como a publicação das atas das reuniões. O comitê também decidiu na reunião – da qual participaram também os conselheiros Carlos Levenhagen, Fernando Mattos e Carlos Eduardo Dias -, a adoção de uma ferramenta tecnológica para facilitar a comunicação entre os comitês regionais e temáticos dos tribunais.

Fonte: CNJ