Relatos desse tipo de golpe começaram a chegar ao CNJ em novembro de 2010. Em janeiro de 2011 a Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ encaminhou à Polícia Federal dezenas de relatos e pediu abertura de investigação.
De 2010 até hoje, foram mais de 100 registros de tentativas de extorsão. No início de 2013, a Polícia Federal prendeu sete suspeitos em Brasília, Belo Horizonte, São Luís e Parauapebas (PA), na chamada operação bloqueio, que investigou o caso. Apesar das prisões, os relatos continuam.
“Da nossa parte, enquanto estivermos recebendo as notícias, informaremos à Polícia Federal. A reiteração desses casos revela que outros grupos estão agindo de mesma forma ou ainda não foi possível desativar a quadrilha”, afirmou na última terça-feira (14/5), o Ouvidor do CNJ, conselheiro Wellington Saraiva.
Segundo o Ouvidor, além de encaminhadas à polícia, os registros de golpe também levaram a Corregedoria Nacional de Justiça a abrir processo de investigação a fim de detectar se há envolvimento de servidores do Judiciário no esquema.
“É importante a sociedade saber que as decisões do CNJ são de natureza administrativa e não judicial, ou seja, o Conselho não interfere no julgamento de processos judiciais nem muda decisões dos juízes. O Conselho não realiza esse tipo de procedimento, não faz contatos telefônicos com quem tem demandas na Justiça nem realiza cobrança de valores”, afirmou Wellington Saraiva.
Por meio do endereço eletrônico www.cnj.jus.br , na seção Ouvidoria, é possível entrar em contato com a Ouvidoria do CNJ para reportar problemas no funcionamento dos serviços judiciais e formular elogios e sugestões. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.