De acordo com Marcus Faver, “O julgamento de todos os processos distribuídos até dezembro de 2005, ainda esse ano, é uma meta viável”, afirma. Segundo o magistrado, a morosidade é um dos principais problemas do Judiciário brasileiro e a redução dos processos vai contribuir para melhoria da imagem da Justiça.Marcus Faver alega que a demora no julgamento das ações contribui para especulações sobre corrupção, inércia e protecionismo. “A ociosidade é a mãe de todos os vícios e a morosidade a mãe das especulações”, argumenta. O presidente do Colégio de Presidentes diz enfatizar a possibilidade de cumprimento da meta nas reuniões com os presidentes de tribunais. “Estou convicto de que todos estão imbuídos desse desejo (de cumprimento da meta)”, afirma.
Durante a realização do Encontro, o ministro Gilmar Mendes pediu agilidade no Judiciário, enfatizando que é preciso dar uma “solução à morosidade”. Já o ministro Gilson Dipp fez uma exposição na qual enumerou os principais problemas enfrentados pela Justiça brasileira. No tocante à modernização da Justiça, o presidente do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça avalia a gestão do CNJ como “prospectiva e propositiva”. Ele alega que a Constituição de 1988 ampliou diversos direitos, o que provocou a multiplicação dos processos. “Essa ampliação de direitos fez com que a judicialização tomasse caminhos extraordinários e multiplicadores”, enfatiza. Por conta disso, considera a modernização e a cultura da gestão como ferramentas indispensáveis para solução desse problema. “Essa é uma grande vertente, uma grande cruzada que o CNJ tem de enfrentar e está enfrentando”, afirma.
Fonte: CNJ