Com a participação da ministra do TSE, Edilene Lobo, magistradas mineiras, advogados, familiares e amigos de associados da Amagis, participaram neste sábado, 18 de novembro, em Belo Horizonte, da 3ª edição da Caminhada Negra, em comemoração ao Dia da Consciência Negra. O evento é promovido pela AMB, com apoio da Associação dos Magistrados Mineiros, por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial.


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A concentração foi no Coreto da Praça da Liberdade, na Savassi. De lá, os participantes andaram cerca de 6 mil passos até o Mercado Novo, que fica no Centro da capital mineira. Durante o trajeto, conduzido pela guia turística e professora de história, Shirley Novaes, e pelo turismólogo Lucas Xavier, o grupo ouviu narrativas e trocou experiências e aprendizados sobre a importância das contribuições dos negros e negras na construção da identidade nacional.


Primeira mulher negra a ocupar o cargo de ministra no TSE, Edilene Lobo falou de sua honra em participar do evento. “A Caminhada foi multicultural e muito importante, iniciativa que deve ser renovada, sempre. Ao circular pelas ruas de Belo Horizonte, com paradas estratégicas para avaliar, criticamente, o apagamento da população negra, também da história urbanística da Cidade -  sem monumentos que celebrem o povo que ajudou a construir a nação brasileira com seu suor e sangue -  refletimos sobre a necessidade de falarmos de Justiça Reparatória. Significa falarmos de mais inclusão e visibilidade das pessoas negras nos espaços decisórios; da distribuição igualitária das riquezas; no acesso livre e franco à educação de boa qualidade; no direito de usufruir das Cidades e seus equipamentos sociais; enfim, tirar do papel a democracia substancial prometida, com igual respeito e consideração material para com todas as pessoas, dando preferência ao maior contingente populacional, onde estão as pessoas  negras", afirmou a ministra.


A desembargadora Sandra Fonseca, coordenadora de Promoção da Igualdade Racial da Amagis, falou da importância da realização do evento e comemorou a participação de todos. “A discriminação racial constitui violação aos Direitos Humanos. Por isso, é com muita alegria que realizamos essa Caminhada com grande adesão à causa. Hoje foi um marco nessa luta contra a discriminação racial, que é uma luta de todos nós”, afirmou ela.

Reconhecimento

A juíza Rafaella Amaral de Oliveira, da Comarca de Pitangui, esteve em Belo Horizonte e participou da Caminhada. Integrante da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Amagis, ela ressaltou que o evento consolida o movimento nacional da Magistratura de reconhecimento da atuação dos juízes e juízas negras e de figuras públicas negras.” É o momento de reviver e conhecer nossa história, nossas raízes e nossa ancestralidade, que foram tão apagadas. O apoio da Amagis é fundamental. Espero que essa Caminhada cresça e se consolide cada vez mais. Essa é a intenção da AMB e da Amagis, por meio de nossa Coordenadoria”, disse a magistrada.

Diretora de Obras Sociais da Amagis, a juíza Marli Maria Braga, participou do evento e parabenizou a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Amagis. “Achei a iniciativa muito importante e positiva. Além de tratamos de tema fundamental, que é a Consciência Negra, fomos brindados, durante todo o percurso, com momentos de reflexão e conhecimento sobre a importância do povo negro para o País e da luta incessante contra o racismo”, afirmou.

As juízas juliana Pagano, Cláudia Macegosso e Aline Damasceno também participaram da Caminhada. Entre os pontos destacados durante a caminhada estiveram o Cine Belas Artes, a Casa de Maria do Arraial, Academia Mineira de Letras, Largo do Rosário, Praça Afonso Arinos e o Painel Mãe Negra, de Robinho Santana.


Além de Belo Horizonte, o evento foi realizado simultaneamente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, Curitiba, Porto Alegre, Aracaju, Olinda, Macapá, Fortaleza, Belém, Teresina e Brasília.