A Comarca de Capelinha está realizando a Campanha “Capelinha contra a Covid”, criada pelo juiz Rafael Continentino, da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude, para arrecadar alimentos e material de higiene para a população carente da cidade. A campanha, que começou oficialmente neste sábado, 10, terá inicialmente um mês de duração.  ]

 

De acordo com o juiz, nos últimos dias os efeitos da pandemia se agravaram no município, com falta de vagas em UTI e de insumos para tratamento, além dos reflexos econômicos na comunidade, tendo sido de conhecimento do juiz de que a própria Igreja estava tendo dificuldades de lidar com campanhas de assistências para as famílias mais pobres. 

A campanha tem o apoio do Ministério Público, Polícias Militar e Civil, além da OAB local. Os pontos de entrega de doações são no Quartel da PM, na Delegacia e também no Fórum. Além disso, o magistrado buscou apoio também da iniciativa privada e de empresários locais, tendo ainda entrado em contato com dois supermercados locais que, além de doarem, vão incentivar os clientes a fazerem doações.  

O juiz Rafael Continentino explicou que a região por si já é carente, com relatos contínuos das dificuldades que a população enfrenta.Com a pandemia, isso se agravou. Além do alto risco à saúde, as pessoas tiveram suas fontes de renda afetadas, passando a ter dificuldades de acesso à alimentação básica, vestuário e materiais de higiene.  

Montes Claros  

A Comarca de Montes Claros também entrou na corrente de solidariedade. O juiz Evandro Cangussu, da 5ª Vara Cível, conta que já foram entregues cerca de 300 cestas básicas para a população em situação de rua, dentro da campanha motivada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), sugerindo às comarcas que façam essas ações de auxílio. A arrecadação das cestas se deu durante todo mês de março e início de abril. Foram selecionadas quatro entidades que trabalham com população de rua para receberem as doações.

 



De acordo com o magistrado, a comarca possui uma grande população flutuante de rua e, que com a pandemia, as próprias entidades que trabalham na assistência a essa população estavam tendo dificuldades na arrecadação.  

O magistrado explicou que, com o fechamento do comércio, essas pessoas sofreram grande impacto com a falta de algum atendimento que era feito com doações de bares e restaurantes, por exemplo.

O juiz também disse que buscou setores do comércio para doações, tendo recebido do Banco do Nordeste e de Cartórios da cidade uma doação significativa.