Foram inaugurados no dia 10 de setembro os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejus) das Comarcas de Lavras e Oliveira, localizadas nosul e no centro-oeste de Minas, respectivamente.
Os Cejus são unidades do Poder Judiciário que concentram a realização das audiências e sessões de conciliação e mediação, processuais e pré-processuais, e o serviço de atendimento e orientação ao cidadão. Os centros oferecem amplo acesso à Justiça, sem custo, sem demora e sem grandes formalidades.
Foto: Rodrigo Vilaça
As solenidades foram presididas pelo 3º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Wander Marotta, que em ambas fez pronunciamento ressaltando a importância da conciliação como alternativa para reduzir o grande acúmulo de processos no Judiciário.
Ambos os eventos contaram com a presença do juiz auxiliar da 3ª Vice-Presidência, Carlos Donizetti Ferreira da Silva, dos magistrados das comarcas, dos prefeitos e dos presidentes das Câmaras Municipais, além de membros do Ministério Público, advogados, defensores públicos, servidores do Judiciário e representantes das Polícias Civil e Militar.
Lavras
O juiz diretor do foro de Lavras, Mário Paulo de Moura Campos Montoro, destacou no evento em sua comarca que, “diante do quadro de extremo congestionamento da máquina judiciária, faz-se necessária a busca de soluções alternativas nas quaiso Poder Judiciário não seja o único protagonista da pacificação social”.
Para o juiz, “é imperioso que o cidadão, em um regime democrático, participe dos destinos de seu País e assuma o papel de ator da pacificação social, na resolução dos conflitos intersubjetivos”.
Montoro ressaltou que os Cejus cumprem “o duplo desiderato de desafogar o Poder Judiciário e incrementar a democracia participativa, com a colaboração do cidadão na definição dos rumos de seu próprio destino e a pacificação social no âmbito social em que se encontra inserido”.
O Cejus de Lavras terá como coordenador o juiz Tarciso Moreira de Souza.
Oliveira
Em pronunciamento na inauguração do Cejus de Oliveira, o juiz diretor do foro da comarca, Adelardo Franco de Carvalho Júnior, afirmou: “a partir de agora, nós juízes e funcionários de Oliveira nos colocamos à disposição de todos com os trabalhos do Cejus”.
O juiz lembrou os três principais estágios da evolução do ser humano,homo erectus, homo habilise homo sapiens, e disse que apesar de o homo sapiens ser “capaz de pensar e sentir com o cérebro e com o coração”, ele também é capaz de tomar atitudes terríveis, como as bombas jogadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, que mataram mais de 70 mil pessoas em cada uma das cidades japonesas no final da Segunda Guerra Mundial. E ressaltou a necessidade da “busca pela conversa entre as partes, com ajuda técnica e a possibilidade de prevenir e evitar a demanda judicial”.
Fonte: TJMG