O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, na tarde desta segunda-feira (11) , a visita de quatro integrantes da Comissão Eleitoral Independente e de um parlamentar da República Democrática do Congo, que vieram conhecer o processo eleitoral e o sistema eletrônico de votação brasileiro, incluindo as urnas eletrônicas. Os representantes da comissão e o deputado do Congo foram recebidos pelo diretor-geral do TSE, Miguel Fonseca de Campos.

O presidente da Comissão Eleitoral Independente do Congo, Abade Apollinaire Malumalu, solicitou ao diretor-geral que o TSE colabore na divulgação do sistema eletrônico de votação em seu país, inclusive por meio do empréstimo de três urnas eletrônicas. Segundo Abade, a medida seria importante para demonstrar aos partidos e eleitores do Congo a confiabilidade e a segurança do sistema.

"Nosso objetivo com esta visita é desenvolver o intercâmbio de experiências e a cooperação entre o Congo e o Brasil na área eleitoral", disse Abade, que acompanhou as eleições de 2006 no Brasil.

Ele informou que o Congo, que tem 70 milhões de habitantes sendo metade eleitores, vai discutir uma reforma eleitoral a partir deste ano. O país africano terá eleições locais em fevereiro de 2011 e presidenciais e provinciais em setembro do mesmo ano. O Congo dispõe de um cadastro eleitoral biométrico (baseado nas impressões digitais dos eleitores) desde 2005.

Abade ressaltou que seu país deve criar em breve uma Escola Superior de Formação Eleitoral e pediu a colaboração do TSE para que ocorra uma troca de informações entre a futura entidade e a Escola Judiciária Eleitoral brasileira.

O diretor-geral do TSE, após informar os representantes da comissão e ao deputado do Congo Celestin Tunda sobre o sistema eleitoral brasileiro, solicitou ao presidente da comissão que formalizasse os pedidos ao presidente do Tribunal, Carlos Ayres Britto, para que possam ser examinados pela Corte.

"A Justiça Eleitoral brasileira se sente honrada pela visita e está sempre pronta a colaborar com outros países no aperfeiçoamento de seu sistema eleitoral", afirmou o diretor-geral.

Antes de visitarem o TSE, os integrantes da Comissão Eleitoral Independente e o parlamentar do Congo estiveram no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

Fonte: TSE