O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Sérgio Resende, recebeu ontem, 18 de março, visita de nove membros da Prison Fellowship International (PFI), que vieram a Minas para conhecer a metodologia da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). A PFI, entidade que congrega confraternidades carcerárias nacionais de mais de 100 países, busca a reinserção social daqueles envolvidos na criminalidade ou afetados por ela.
Os visitantes, em sua maioria diretores de prisão, vieram de três países da América Central: Barbados, Belize e Trinidad e Tobago. Durante a reunião no TJMG, eles agradeceram ao presidente Sérgio Resende pela oportunidade de conhecer a metodologia apaqueana. Ressaltaram a humanidade, o cuidado e o amor presentes nos Centros de Reintegração Social (CRS) das Apacs de Lagoa da Prata e Itaúna, que visitaram. Todos indicaram que pretendem levar para seus países de origem o exemplo conhecido em Minas, que pode servir como inspiração e modelo para iniciativas similares.
“Estamos felizes, porque, quando temos uma boa idéia como a Apac, não podemos ter o egoísmo de mantê-la só para nós, precisamos compartilhá-la com o mundo”, afirmou o presidente Sérgio Resende.
Para a 3ª vice-presidente do TJMG, desembargadora Márcia Milanez, a visita teve uma importância enorme: “Foi muito bom compartilhar nossa experiência e também ouvir o que eles observaram a respeito do método. Todos eles comentaram que é possível ver que os recuperandos estão recebendo amor e cuidado, o que é crucial para a reinserção social”.
Novos Rumos
O Projeto Novos Rumos na Execução Penal, lançado pelo TJMG em 2001, visa propagar a metodologia apaqueana e apoiar a implantação, consolidação e ampliação das Apacs nas comarcas mineiras, como alternativa de humanização do sistema prisional no Estado. O Método Apac, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena, trabalha a recuperação do condenado e sua inserção no convívio social. Parte-se da premissa de que, recuperado o infrator, protegida está a sociedade, prevenindo-se o surgimento de novas vítimas. O projeto é acompanhado pela Assessoria de Gestão da Inovação (Agin), subordinada à 3ª Vice-Presidência do TJMG.
Fonte: TJMG