Entre as principais propostas aprovadas estão o limite de construções nos terrenos da capital e a redução de vagas de garagem. O coeficiente de aproveitamento básico, que antes poderia chegar a 2,7, poderá se limitar a 1 para toda a capital, caso seja aprovada pelos vereadores. Na prática, significa dizer que, enquanto se poderia construir até 2,7 mil m² num terreno de 1 mil m², onde o CA é 2,7, somente será possível erguer edificação de 1 mil m². Sobre as vagas cobertas do imóvel, também há restrições. Fica estabelecido o limite de 25m² para vagas de garagem por unidade residencial, ou seja, uma livre ou duas presas, dependendo do projeto.
Caso o empreendedor queira mais espaço para estacionamento, pode adquiri-lo por meio de outorga onerosa.
No balanço das votações da conferência, os conflitos entre interesses econômicos e residenciais marcaram a plenária. Foi rejeitada pelos delegados a proposta da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) que permitia a instalação de comércios em todas as vias de maior porte em áreas hoje tipicamente adensadas por casas, a exemplo de trechos da Região da Pampulha e dos bairros São Bento e Mangabeiras, na Região Centro-Sul. No Belvedere, a ampliação da atividade comercial também não agradou à maioria dos delegados que rejeitaram a proposta prevista para os principais cruzamentos do bairro do Centro-Sul.
Já para a Pampulha, uma medida que busca o desenvolvimento turístico foi aprovada. Pelo texto, será possível usar o afastamento frontal do passeio de bares e restaurantes da orla da Lagoa da Pampulha para pôr mesas e cadeiras. “O objetivo é incentivar o turismo e a permanência das pessoas”, informou o secretário municipal de Planejamento Urbano, Leonardo Castro.