O Congresso "Tecnologia, Inteligência Artificial e Inovação no Poder Judiciário", promovido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) por meio da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), foi encerrado na tarde desta quarta-feira, 26 de março, com conferência do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Afrânio Vilela.
A presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, prestigiou o encerramento do evento, que reuniu magistrados, servidores e especialistas para discutir os impactos das novas tecnologias no sistema judiciário brasileiro.
O presidente da mesa, desembargador Saulo Versiani Penna, destacou a importância do momento, classificando a conferência como o "fechamento de ouro" do congresso.
Em sua palestra de encerramento, o ministro Afrânio Vilela abordou o tema "Inteligência Artificial no Direito e o Impacto nos Tribunais". O ministro reforçou ainda a relevância da inteligência artificial (IA) para os operadores do direito, ressaltando como a tecnologia pode contribuir para a modernização e eficiência do Judiciário. Ele explicou que o conceito de IA no STJ se fundamenta no uso de programas treinados para realizar comandos específicos, desenvolvidos por programadores.
O ministro também esclareceu que o STJ mantém seu "Big Data" fechado, ou seja, os dados utilizados para alimentar os sistemas de inteligência artificial são restritos ao âmbito interno da instituição. Essa medida visa garantir maior segurança e controle sobre as informações sensíveis do tribunal. “O acervo de um Poder Judiciário detém informações sigilosas para as pessoas. Temos a cautela de utilizar Big Data fechado. No STJ, não abrimos o núcleo de informações. Podemos usá-lo, mas ele não fica disponível para as redes”, garantiu o ministro.