“Há uma boa perspectiva nesse sentido, pois o modelo está funcionando muito bem”, disse o conselheiro, supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF).
Calmon e o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Luiz Carlos Rezende e Santos visitaram o local, na quarta-feira, a convite do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul (TJMS).
Atualmente, 588 dos 727 presos no regime semiaberto estão no mercado de trabalho. São 65 empresas conveniadas. Cerca de 200 dos detentos trabalham em galpões dos empregadores instalados na própria unidade, na fabricação de panelas e churrasqueiras de alumínio, de cadeiras de fio, restauração de sofás, reforma de orelhões, armação para ferragem, contêineres e calçamento. Outros 388 detentos trabalham externamente em frigoríficos, madeireiras e indústrias alimentícias.
“A prova do êxito do projeto é a redução no índice de evasões de detentos. Em 2012, o índice era de 69%. Nos últimos quatro meses não chegou a 7%”, disse o diretor do presídio, Tarley Cândido Barbosa.
Apenas 67 não estão trabalhando porque respondem processos por faltas disciplinares. “Nas últimas duas semanas, 53 novos internos entraram e já estamos fazendo triagens e monitorando do comportamento dos presos para inseri-los no mercado de trabalho”, afirmou Barbosa.
Para o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Luiz Carlos Rezende e Santos, o trabalho de ressocialização no Centro Penal de Gamaleira é exitoso e bem fiscalizado. “Das experiências que temos visto no regime semiaberto é a que se mostrou mais exitosa e produtiva, afirmou. “É um presídio extremamente organizado com clima de paz e de esperança. Os presos se mostraram esperançosos por terem essa oportunidade após passarem por uma fase difícil na vida”, afirmou. Segundo o juiz auxiliar, no caso do trabalho externo, as empresas buscam os presidiários, e os trazem pontualmente no horário combinado.
Fonte: Bárbara Pombo / CNJ