Segundo o ministro, aos mais jovens, que cresceram num período consolidado no Estado Democrático de Direito, as comemorações dos 20 anos da Constituição podem parecer exagero. Mas é necessário ver “a importância histórica do triunfo de havermos deixado para trás – e para sempre – anos e anos marcados por viés autoritário que, infelizmente, até hoje teima em assombrar a trajetória de algumas nações sul-americanas ainda suscetíveis de serem alcançadas por perigoso retrocesso político”.
A Constituição trouxe superação ao quadro de desigualdades, por constitucionalizar os direitos sociais, considera Gilmar. E estimulou “os movimentos de representação da sociedade a lutarem pela concretização das promessas constitucionais referendadas por valores revelados ao longo de toda a carta”, afirmou o presidente do Supremo.
Estavam presentes na cerimônia os parlamentares que participaram da Assembléia Constituinte; o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Senado Federal, Garibaldi Alves; e da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia.
Gilmar Mendes ressaltou que ainda há muito por fazer. Entretanto, promessas constitucionais e a busca da igualdade “vão-se, enfim, materializando, como vaticínios de felicidade que se auto-realizam, porque sinceramente embasados no perene e renovador princípio da esperança”.